Mês: outubro 2020
Manutenção de Sistema de Irrigação: Corretiva x Preventiva
Assim como um veículo, um sistema de irrigação exige, periodicamente, manutenção para continuar com seu funcionamento ideal.
Mas não é bem isso que ocorre na prática. Em vez de trabalhar com manutenções preventivas a fim de evitar problemas mais graves, o que acontece em muitos casos é que os proprietários deixam chegar a situações mais críticas que levam ao não funcionamento da irrigação, sendo obrigados a partir para a chamada manutenção corretiva, que além de mais complexa, normalmente fica muito mais custosa.
Neste artigo trataremos justamente da importância da manutenção para sistemas de irrigação e também da relação entre manutenção corretiva e preventiva.
Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva trata-se de um trabalho mais severo na irrigação e tem por característica ocorrer em sistemas que, por motivos de força maior, pararam de funcionar, seja por problemas hidráulicos ou elétricos. É comum nessas situações o proprietário ou responsável buscar pela manutenção por uma das seguintes situações a seguir:
- bombeamento não dá pressão necessário ou está “pegando ar”;
- bomba em não funcionamento correto por questões elétricas ou por falta de manutenção em suas peças e partes;
- painel de comando ou chave de partida não aciona o sistema devido a pane elétrica;
- controlador parou de funcionar ou desconfigurou por algum motivo;
Normalmente nesses sistemas, quando resolvida a questão do acionamento, após ligados, apresentam outros problemas secundários, mas que também fazem parte de uma manutenção corretiva, como os listados na sequência:
- setores acionam ao mesmo tempo quando deveria ser ativado apenas um de cada vez (provável problema nos solenoides das válvulas elétricas);
- setor continua vazando água mesmo com o sistema desligado (indicativo de sujeira nas válvulas solenoides, especialmente no diafragma, impedindo o total fechamento e gerando os respectivos vazamentos);
- trechos da adutora rompidos, causando grande desperdício e queda da pressão nos emissores;
- reposicionamento e/ou acréscimo de aspersores de forma a obter melhor uniformidade e cobertura da lâmina d’água.
Do ponto de vista comercial, nesses casos de manutenção corretiva sempre é realizada uma visita por um técnico ou especialista da empresa para realizar testes no sistema, enumerar os serviços a serem realizados e posteriormente passar o orçamento para execução da obra. O valor varia muito de acordo com o tamanho do sistema e também com os problemas encontrados. Vale esclarecer que algumas empresas cobram uma taxa inclusive para realizar a visita técnica, mas não é o que acontece de praxe.
Manutenção Preventiva
Como o próprio no diz, trata-se daquela manutenção que tem por objetivo manter o sistema impecável e prevenir panes como as citadas no tópico anterior, problemas mais críticos e consequentemente gastos maiores, além evitar que o jardim fique sem irrigação por algum período de tempo.
Outra função importante é corrigir pequenos acidentes causados pelos jardineiros durante a manutenção das plantas, frutíferas e canteiros, que são absolutamente naturais, como corte de mangueiras, danos nos bicos, na tubulação etc.
Também chamada manutenção programada, normalmente é oferecida ao cliente pelas empresas de irrigação que fazem a montagem de um sistema novo, logo após a entrega da obra. Nos casos de sistemas “abandonados” pela equipe que realizou a instalação, o que acontece mais comumente é que os proprietários deixam a irrigação sem manutenção até se verem obrigados a executar a corretiva. Então outra empresa, que faz o serviço, logo após finalizá-lo, apresenta a proposta de manutenção preventiva para “assumir” aquele sistema dali para frente.
Normalmente uma manutenção preventiva envolve os seguintes serviços:
- Abertura e limpeza de aspersores mal posicionados;
- Regulagem e limpeza de todos os bocais dos aspersores que estiverem sujos e/ou entupidos;
- Troca dos aspersores quebrados (veja como fazer aqui);
- Substituição dos bocais de aspersores quebrados;
- Limpeza do filtro no recalque da motobomba;
- Limpeza interna e externa de todas as válvulas e caixas de válvulas;
- Verificação de todos os cabos de comando elétrico das válvulas solenoides e religação dos pontos oxidados, danificados ou expostos;
- Reposicionamento dos tubos gotejadores e inspeção para verificar se não há trechos entupidos, além de reparos onde for necessário;
- Reprogramação do controlador para adequação dos turnos e tempos de rega de acordo com a necessidade hídrica das plantas de cada setor, sempre em função dos horários de preferência do cliente.
O valor das manutenções programadas está diretamente ligado a frequência das visitas (mensal, bimestral, trimestral, semestral etc.), e esta, diretamente proporcional ao tamanho do sistema de irrigação. Quanto maior o sistema, mais frequentes devem ser as visitas.
Hidrômetros – Recursos, Medição, Certificado e Modelos
Também conhecidos como “relógios d’água” ou simplesmente “contadores de água”, os hidrômetros são instrumentos utilizados para realizar a medição volumétrica do consumo de água.
Estão presentes na grande maioria dos imóveis, tanto residenciais quanto comerciais, uma vez que são utilizados pelas empresas de fornecimento de água e saneamento básico para cálculo exato do consumo em cada endereço, facilitando a medição e emissão das faturas das contas de água.
Justamente por serem utilizados em larga escala, os modelos disponíveis são padronizados e devidamente testados / aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), seguindo também as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Principais Partes dos Hidrômetros
Independente do modelo ou fabricante, todos os hidrômetros devem possuir as duas partes descritas a seguir:
- Câmara Hidráulica – envoltório do circuito eletrônico pelo qual o fluxo de água corre;
- Circuito Eletrônico – é o contador numérico do hidrômetro em que a medição da vazão é registrada de fato, lembrando que a aferição é sempre realizada em metros cúbicos (m³).
Medição e Leitura do Hidrômetro
Observe na imagem ilustrativa a seguir os itens que compõem o leitor dos hidrômetros e o que significa cada um deles na composição da medição final:
O contador numérico indica o fluxo total de água, em m³, registrado no hidrômetro desde sua instalação. Os dois ponteiros abaixo indicam o conta giro dos litros (direita) e décimos de litros (esquerda). Já o central se movimenta sempre que há consumo de água, podendo inclusive indicar algum tipo de vazamento caso continue girando mesmo com todos os pontos de torneira e registros fechados.
OBSERVAÇÃO: qualquer anormalidade identificada no consumo de água registrado no hidrômetro deve ser comunicada imediatamente à companhia de abastecimento para que seja agendada uma visita de um técnico responsável para avaliação e reparo, evitando, assim, cobrança indevida de consumo de água.
Medição Individual x Medição Coletiva
Quantos aos tipos de leitura, há dois sistemas básicos de medição que são utilizados pelas companhias de saneamento, que levam em consideração as características do tipo de moradia, conforme esclarecido a seguir:
- Medição Individual – consiste na instalação de um medidor para cada consumidor, usado nos bairros e maioria dos condomínios horizontais.
- Medição Coletiva – instalação de apenas um leitor para vários consumidores, sendo que o consumo individual não é calculado, apenas estimado. Usado comumente em condomínios verticais, seja residencial ou comercial, em que a conta de água é dividida entre os moradores (conhecido como rateio).
Sensor de Pulso e Medição Remota
Alguns hidrômetros específicos, a exemplo do modelo Multimag TMII 3/4” da marca Itron, oferecem o recurso de leitura remota através de um sensor de pulso, juntamente com software para monitoramento dos dados gerados nas medições. Entre outras funções, possibilita:
- Saídas de baixa frequência – Leitura remota e consumos acumulados;
- Saídas de alta frequência – Análises de vazões, conversão de frequência / corrente e controles automáticos.
Certificado de Calibração INMETRO e Laudo de Aferição
Dependendo das exigências técnicas e da documentação exigida pelo local em que o hidrômetro será instalado, é possível que seu fornecimento necessite acompanhamento de um dos dois documentos a seguir. Veja breve explicação de cada recurso e sua aplicação mais comum:
- Laudo de Aferição: consiste no registro da peça que é testada ao final da produção, a fim de confirmar que está dentro dos erros admissíveis. O laudo é disponibilizado através do número de série em até 7 dias, via e-mail. Não há custo extra para este serviço e sua aplicação normalmente ocorre na perfuração de poços e construção civil em geral.
- Certificado de Calibração: procedimento de calibração homologado no INMETRO em laboratório acreditado pelo órgão. Neste caso os equipamentos são enviados de volta à fábrica para serem submetidos aos testes e depois retornam para o fornecedor, motivo pelo qual tem custo extra e um prazo diferenciado (mínimo de 45 dias). Exigido mais comumente no meio industrial.
Principais Modelos no Mercado
Os principais modelos de hidrômetros disponíveis no mercado variam levando em conta, principalmente, o diâmetro da conexão conforme a tubulação do cavalete em que será instalado. Vale reforçar, conforme explicado no artigo, que há diferenças também com relação aos recursos e ainda com as conexões que podem acompanhar o hidrômetro, com as flanges etc.
Entre as diferentes bitolas, os modelos mais comuns são o de ¾”, 1” e 1 ½”. Temos todos esses modelos cadastrados a pronta entrega em nossa loja virtual, todos da marca Itron, líder no mercado nacional.
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