Mês: maio 2021
Codevasf Investe Mais de R$ 2 Mi em Kits de Irrigação no AL
A Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – investe mais de R$ 2 milhões de reais em kits de irrigação no Alagoas, especialmente para famílias de pequenos agricultores e produtores rurais.
Conforme explicado pela Companhia e descrito pela fonte desta matéria, os kits disponibilizados aos produtores contemplam a metodologia de irrigação por gotejamento para áreas de meio a um hectare (5.000m² a 10.000m²). Trata-se do Kif Net – Kit de Irrigação Familiar da Netafim, tradicional fabricante israelense, sendo completos, compostos pelos seguintes itens:
- Reservatório: para armazenamento de água e alimentação do sistema;
- Filtro: para “limpeza” da água, de forma a evitar que partículas sólidas em suspensão cheguem as linhas de irrigação e causem entupimento nos do gotejo;
- Tubos gotejadores: emissores propriamente ditos, com orifícios em espaçamento constante (ex.: a cada 20cm, 30cm etc.) e com vazão pré-definida e igual em cada emissor;
- Conexões: consistem nos joelhos, tes, emendas e adaptadores para que os produtores possam moldar os tubos de gotejadores entre as linhas de produção e em seus contornos, além de fazerem as devidas manutenções e/ou ajustes quando necessário.
Conforme declaração de Joãozinho Pereira, responsável pela Superintendência Regional da Codevasf em Alagoas, com utilização da rega sistematizada através dos kits de gotejamento essas famílias podem atingir um aumento de até 50% da produção nas respectivas culturas:
Com os kits de irrigação, apostamos no aumento da renda familiar por meio do crescimento da produtividade com uso da tecnologia de irrigação.
Mesmo na atual situação financeira crítica dos estados e munícipios com este cenário de pandemia que enfrentamos desde 2020, o encaminhamento da verba proveniente da OGU – Orçamento Geral da União – para a Coevasf foi possível por meio de emendas parlamentares, que nada mais são que mudanças no orçamento anual realizadas diretamente por deputados e senadores.
A expectativa da Codevasf é de entregar mais de 600 kits até o fim da ação, que faz parte do Programa de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável da Cia, atendendo as determinações da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
De acordo com dados divulgados pela própria Companhia, no ano passado (2020) foi investido R$ 1,5 milhão na compra dos materiais para composição de 275 kits, que foram entregues para produtores localizados nas cidades de Maragogi, Boca da Mata, Feira Grande, Atalaia, Limoeiro do Anadia, Campo Alegre e Flexeiras.
A previsão agora é que até o fim de 2021 mais 380 kits de irrigação por gotejamento sejam distribuídos, sendo 159 somente a famílias residentes no município de Junqueiro (AL), enquanto os outro 221 restantes serão direcionados a outras localidades do interior do estado, de acordo com a demanda.
Fonte: diarioarapiraca.com.br
Por que Dividir o Sistema de Irrigação em Setores (Jardim)?
Quando se fala de sistema de irrigação de jardim, independente de ser automático ou manual, é comum ouvir dizer que o mesmo é dividido em n setores. Também chamados de “estações“, esses setores nada mais são do que partes da irrigação que muitas vezes possuem características e consequentemente demandas hídricas diferenciadas.
No layout ilustrado a seguir, de um projeto para sistema de irrigação residencial, é possível distinguir facilmente as diferentes partes, setores ou estações de acordo com os distintos modelo de aspersor (cores) disponíveis:
Mas por que fragmentar um sistema de irrigação e seções? Qual a vantagem ou benefício de se fazer essa segmentação? Veja as respostas a essas dúvidas e compreenda melhor esta prática na sequência deste arquivo.
Redução dos Custos no Conjunto Moto Bomba
Imagine um sistema de aspersão composto por um total de 20 aspersores do mesmo modelo, para facilitar a compreensão. De maneira mais simplista, somando a vazão de todos os emissores e conhecendo-se também a sua pressão de trabalho, é possível determinar a demanda do bombeamento desta irrigação. Porém se for dimensionar um motor para bombear água para todo o sistema de uma vez só, o projetista certamente vai se deparar com um modelo muito caro. Já dividindo esse sistema em 4 setores de 5 aspersores, por exemplo, a vazão e pressão necessárias para tocar um setor por vez será atendida por um modelo de moto bomba menos potente, menor e que, portanto, ocupe menos e espaço e tenha um custo reduzido.
Respeitar as Diferentes Demandas Hídricas
Outro benefício importantíssimo na setorização de um sistema de irrigação automático, especialmente quando se trata de paisagismo, é respeitar as distintas necessidades hídricas de cada espécie. Em muitos projetos, como o da imagem no início do texto, há diversas plantas diferentes em cada ponto ou recorte do jardim, de forma que se tivéssemos um sistema que é tocado de uma só vez o tempo de rega seria igual para todas as plantas, algo que não faz o menor sentido pois sabemos que as demandas por água são diferentes.
Nesse caso a setorização (juntamente com o controlador que faz a automação) se torna fundamental à medida que flexibiliza o sistema e permite deixar diferentes estações com diferentes programações de rega. Assim, pode-se programar a irrigação de um setor que tenha somente gramado com duração e dias de rega diferentes de outro que possua arbustos ou canteiro, por exemplo.
E as possibilidades vão mais além, pois ainda há inclusive a opção de trabalhar com diferentes tipos de sistemas de irrigação em diferentes estações, como um setor específico de gotejamento para jardim ou painel vertical e/ou de micro aspersão para horta, entre outros.
Reservatório ou Alimentação de Água Limitada
Outro ponto em que a divisão da irrigação em setores pode ajudar, inclusive viabilizar o sistema, é do ponto de vista da alimentação de água. Muitas vezes a cisterna ou reservatório não tem o volume necessário para atender a uma sessão de rega do sistema e, ainda que este tanque seja alimentado por água da rua ou poço, há casos que o abastecimento não ocorre no mesmo ritmo do esvaziamento.
Para ilustrar, acompanhe este caso. Um sistema com 6 estações tem programação diária de 5 minutos para cada setor, com uma vazão total de 10 m³/h (10.000 litros por hora). Na programação deste exemplo, o sistema irá funcionar por 30 minutos e, portanto, consumir metade do volume de sua vazão, ou seja, 5.000 litros. Se o reservatório for de 4 mil litros, ele não dará conta de alimentar a irrigação de forma contínua. No entanto, se esta irrigação tiver 2 ou mais setores, poderá ser programada de forma que metade deles seja acionada num primeiro momento e o restante, no mesmo dia, depois que o reservatório estiver abastecido novamente. É claro que isso depende do fluxo do abastecimento, mas isso será conhecido pelo usuário.
Essas são as principais vantagens/benefícios decorrentes da setorização de um sistema de irrigação. Já a quantidade ideal ou mais adequada de estações de um determinado sistema depende de diversos fatores, que vão desde as características do local, relação custo benefício, perfil do paisagismo e também do gosto/interesse do proprietário, devendo ser definido no projeto.