Mês: junho 2021
Governo Publicou Medida Provisória Contra Crise Hídrica 💧
A Medida Provisória, concedendo poderes excepcionais ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, visa enfrentar a crise hídrica e energética. Com reservatórios no sudeste em apenas 30,2% de capacidade, o foco está na economia de energia. Um programa voluntário com a indústria está sendo desenvolvido para deslocar o consumo para horários de menor demanda. O SIN já havia sinalizado emergência hídrica na região da Bacia do Paraná, responsável por mais de 50% do armazenamento de água para geração hidrelétrica.
Nesse sentido, o MP prevê a formação de um comitê para avaliar e decidir sobre as ações propostas. Além do ministro de MME, inclui os ministros do Desenvolvimento Regional, Agricultura, Meio Ambiente, Infraestrutura e Economia. De acordo com o MME, o período de setembro/2020 a maio/2021 registrou a pior afluência para o SIN desde 1931. A perspectiva de chuvas significativas é baixa, comum em períodos de estiagem nesta época do ano em várias regiões do Brasil.
Crise Hídrica Afeta Irrigação e Agricultura
Acima de tudo, as consequências da crise hídrica e as novas determinações da MP do Governo Federal já afetam os setores de abastecimento e agricultura, incluindo os sistemas de irrigação, especialmente na Complexo Regional Centro-Sul (RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MS, GO e partes dos estados de TO e MG).
Em contrapartida, isso gerou repercussão negativa e reclamação por parte de diversos setores que compõem o agronegócio, especialmente pela insegurança de não ter segurança e definição do que vai acontecer com safras em andamento.
Contudo, vale reforçar, conforme o Atlas Irrigação publicado frequentemente (acesse aqui), que atualmente a irrigação é responsável por cerca de mais de 60% do consumo de água. Além da agricultura, temos a agropecuária, que gera uma demanda que gira em torno 10%. Justamente o fato de ser a vertente que mais despende recursos hídricos é o principal motivo pelo qual os envolvidos cobram medidas neste sentido também, não visando apenas o racionamento para garantir o abastecimento energético.
Fonte: CNN Brasil
Dicas de Testes Para Automação de Irrigação de Jardim
Esse artigo é para você que possui um sistema de irrigação automático de jardim e, vez em quando, fica em dúvida sobre o seu ideal funcionamento no que diz respeito a parte de automação. Confira cada uma delas e coloque em prática na sua rotina de acompanhamento da irrigação.
- Entenda como funciona seu controlador: Também conhecidos como temporizadores, estes aparelhos consistem no “cérebro” do sistema. Existem diferentes tipos de controladores, desde os modelos de torneira para sistemas mais simples, com um setor apenas, até os que possuem duas ou mais estações, podendo chegar a até 48 em alguns que são modulares. O importante aqui é conhecer as funções básicas, comum a todos, como deixar o automático ativo ou desativado (off), realizar testes manuais em todas ou em cada estação, alterar dados como data, hora e a programação (dias da semana x tempo de rega x número regas diárias). Para informações mais avançadas ou específicas, aí vale a pena consultar os manuais, caso não possua, podem ser facilmente encontrados na internet, nos próprios sites dos fabricantes;
- Observe o sensor de chuva: Como sua função é impedir o acionamento da irrigação durante a chuva ou logo após pancadas mais intensas, muitas vezes o “não funcionamento” da irrigação deve-se a ação correta do sensor de chuva. Para saber se o equipamento está realmente inibindo o sistema, basta observar o display do controlador no horário que seria o de um turno de rega, deve aparecer a imagem do aspersor irrigando com um “X” ou o desenho do sensor. Já para testar a função do sensor basta realizar um start manual no sistema e pressionar uma espécie de pino na parte de cima do sensor, se tudo correr normalmente a irrigação deve parar e isso deve aparecer no visor do controlador.
- Faça testes manuais em cada setor: Este é o procedimento básico mais prático para se detectar problemas na automação de um sistema de irrigação. Os controladores trazem o recurso de teste manual para todos os setores, tanto todos em sequência quanto um a um de forma independente. Isso permite logicamente testar também as válvulas elétricas, cuja solenoide recebe o impulso elétrico do “cérebro” e abre no horário e duração definidos pela programação (esquema imagem). Desta forma, para um temporizador de 4 saídas por exemplo, esse teste permite facilmente checar todas as válvulas. Os problemas mais comuns nesses casos são de setores que não funcionam quando acionados (válvula não abre) ou acionando concomitantemente com outras estações, que identifica que a válvula solenoide está abrindo mesmo quando não recebe o comando. Em qualquer um destes diagnósticos, o passo seguinte é procurar por uma empresa especializada e explicar o problema/agendar uma visita técnica para verificar uma solução.
- Altere a programação e realize um teste final: Mesmo com o funcionamento ok de todos os setores nos testes manuais, é super válido e recomendado um teste geral da automação, que nada mais é montar uma programação e colocá-la para rodar na sequência e observar se todos os setores funcionam normalmente. Para agilizar e tornar prático este teste basta colocar a programação para iniciar poucos instantes e registrar um tempo de rega de no máximo 2 minutos por setor. Se houver falhas ou comportamentos diferentes do previsto na programação, como um setor ser acionado por exemplo, então o problema será identificado.
- Reset do controlador: Muitas vezes problemas como o exemplo ilustrado no tópico anterior podem ser resolvidos através do “reset” do controlador. Em muitos modelos, como o modular ESP-4ME da Rain Bird, basta pressionar um botão que normalmente fica atrás do aparelho. Vale mencionar, no entanto, que nem todos os controladores podem ser zerados, sendo necessário consultar o manual ou o próprio fabricante.
- Acompanhe e revise constantemente a programação: Última e não menos importante dica deste artigo é acompanhar e revisar constantemente a programação, não apenas para detectar problemas, mas também para promover as alterações e readequações necessárias conforme a necessidade hídrica das plantas nas diferentes estações do ano. Vale a pena aqui conferir nossa matéria sobre horário ideal de rega.