Transposição Rio São Francisco É Essencial para Irrigação
Abrangendo mais de 477 Km de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) passará por 4 estados, sendo um projeto de grande importância para o desenvolvimentos da agricultura no Brasil. A região do projeto é favorecida pela intensidade luminosa e solo fértil, o que favorece o desenvolvimento da agricultura.
O projeto hoje está com cerca de 86% das suas obras concluídas e já passa por dificuldades de abastecimento do sistema devido ao consumo das águas da bacia do São Francisco pelas populações urbanas e pelos sistemas de irrigação existentes. Grandes investimentos em infraestrutura, irrigação e na própria implantação das culturas correm riscos de ficarem sem água, prejudicando todo o desenvolvimento da região e fazendo com que mais um grande projeto do governo possa ir “por água abaixo”.
Além da falta de água devido a capitações regulares, ainda existem muitos desvios e captações clandestinas, fato que agrava ainda mais essa situação. A falta de fiscalização e controle do governo novamente possibilitam que criminosos cultivem suas plantas sem o custo desta, desestimulando cada vez mais quem tenta trabalhar da forma correta e acaba tendo que pagar pelo uso da água desses desvios.
Fiscalizar e controlar o consumo deste recurso não será suficiente para atender a demanda de água para irrigação em um futura próximo, dificultando ainda mais a entrada de investimentos a longo prazo que promovam o desenvolvimento não só do local mas de toda a agricultura do Brasil.
Alternativas como a reutilização de esgoto doméstico tratado ou a água do mar dessalinizada devem ser fatores considerados em projetos a médio e longo prazo como recurso auxiliar à produção agrícola da região, que em breve se tornará um dos maiores polos mundias de produção de alimento.
Outra medida urgente é a modernização dos sistemas de irrigação existentes, onde sistemas de aspersão e microaspersão – que consomem grandes volumes de água – possam ser substituídos por sistemas localizados como gotejamento e que todos possam contar com controles sistêmicos que permitem a avaliação de parâmetros como umidade de solo, previsão do tempo, EC (condutividade elétrica) e PH, tornando o cultivo nessas áreas mais eficientes e altamente produtivos.