Autoridades paraibanas discutem o uso da água do açude de Boqueirão
Na última sexta-feira, dia 21 de junho, aconteceu uma reunião entre Antônio de Pádua de Deus Andrade, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, e o Comitê de Gestão de Recursos Hídricos (CGRH) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Tal reunião, realizada na sede do MPPB localizada na capital paraibana, teve como objetivo discutir a vazão da água no Eixo Leste do Projeto de Integração e Transposição das Águas do Rio São Francisco que está chegando ao estado da Paraíba.
Além da pauta destacada acima, a utilização das águas do leito do Rio Paraíba nos mais de cem quilômetros antes das águas da Transposição chegarem ao Açude de Boqueirão também foi um dos focos da reunião. Uma resolução do governo paraibano, de pouco tempo atrás (leia o artigo), já possibilita a irrigação a pequenos agricultores ao longo do leito do Rio Paraíba. Entretanto, vale ressaltar que o Ministério da Integração é contrário a medida até que haja “uma tranquilidade hídrica” no Açude de Boqueirão.
Com a pretensão de encontrar uma solução para o embate e achar uma forma de unificar as informações na aferição dos dados sobre o volume de água que tem chegado pelo canal da Transposição à cidade de Monteiro e dos números registrados da água que tem chegado ao Açude de Boqueirão, também esteve presente no encontro João Fernandes da Silva, presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), além de diversos engenheiros do próprio Ministério da Integração.
Focando ainda na possível unificação dos dados da quantidade de água, as autoridades envolvidas marcaram um próximo encontro para o dia 31 de junho, na cidade de Monteiro. Nesta data, ocorrerá a troca de informações entre as equipes técnicas da empresa que presta serviço ao Ministério da Integração e da Aesa, que farão medições conjuntas na vazão da água da Transposição em território do estado da Paraíba.
Atualmente, tem-se divulgado dados diferentes e precisamos estabelecer um equilíbrio nas informações acerca da vazão da água em Monteiro e do que chega a Boqueirão, afirmou Antônio de Pádua.
João Fernandes, presidente da Aesa, concordou com o secretário e reafirmou a necessidade de definir um número único para os dados coletados.
Fonte: MaisPB