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Saiba a Importância e Como Avaliar o Desempenho do Seu Aspersor
Quando se fala em irrigação a primeira premissa que se tem é a uniformidade da distribuição da água na área a ser irrigada. Um dos métodos mais difundidos é a aspersão, que é utilizado em irrigação de pastos, campos de grãos, hortaliças entre muitas outras culturas e utilidades.
Muitos fatores influenciam o desempenho de um sistema de irrigação por aspersão, sendo que o de maior relevância sem dúvida é o vento, que pode prejudicar o resultado do desenvolvimento da cultura quando atinge velocidades superiores a 2 m/s. Isso desencadeia um fenômeno chamado deriva, que nada mais é do que o arraste das gotas de água aspergidas pelo vento, provocando desuniformidade na distribuição da água. Inclusive uma maneira de se reduzir significativamente as perdas por deriva é evitar horários de maior pico de ventos durante a aspersão.
Para saber qual configuração do seu aspersor para uma determinada cultura deve-se, primeiramente, conhecer suas características de vazão, pressão e alcance. Também é necessário saber quais as dimensões de plantio e se o genótipo das plantas pode ou não interferir na trajetória dos aspersores.
Um mesmo aspersor pode ser utilizado em diversos espaçamentos, variando a lâmina aplicada, que pode-se ser apresentada em [mm/h] e o seu coeficiente de uniformidade CU apresentado em [%].
Exemplo de Análise de Desempenho de Aspersor
Neste exemplo utilizaremos o aspersor modelo AGU 427 bocal laranja da NAANDANJAIN (veja como adquirir o produto).
Para ajudar na análise usamos também um software chamado WINSPACE. Com dados fornecidos pela fabricante [do aspersor] o software pode gerar matrizes com valores das distribuições de água entre aspersores.
Dados de entrada:
Pressão de serviço: 20 [MCA] ou 2 [bar]
Espaçamento: para a primeira análise vamos usar 12 x 12 metros em quadrado.
Nesse exemplo foi usado um valor de espaçamento entre aspersores maior do que o recomendado para ver os efeitos dessa configuração no CU e na lâmina aplicada.
CU = 63 [%] Lâmina = 4,9 [mm/h]
Espaçamento: para uma segunda análise vamos continuar utilizando 12 x 12 metros, porém a posição dos aspersores está equilateral.
Mudando apenas a posição relativa entre uma linha de irrigação e outra, e mantendo os 12 x 12 metros, a lâmina continua a mesma tendo um ganho de uniformidade de 3 [%], que foi de 63% para 69% sem que houvesse a mudança de nenhum material.
CU = 69 [%] Lâmina = 4,9 [mm/h]
Para nova análise buscando uma melhora mais significativa do CU, foi utilizado o espaçamento entre os aspersores de 6 x 6 metros.
Dados de entrada:
Mantendo a pressão de entrada em 20 [MCA] ou 2 [bar].
Espaçamento: 6 x 6 na disposição quadrada, teremos:
A escolha do espaçamento entre os aspersores passa pela disposição de material no mercado. Espaçamentos entre os aspersores normalmente são múltiplos de 6 metros, pois as barras de PVC com engate rápido ou mesmo de solda (cola, ou ponta bolsa) são vendidos em barras com este comprimento.
CU = 90 [%] Lâmina = 14,4 [mm/h]
Para efeito de comparação, também foi feita no espaçamento 6 x 6 metros a disposição equilateral, registrando um ganho de 1%.
Avaliando as duas configurações, nota-se que temos algumas diferenças significativas com a redução do espaçamento entre aspersores, havendo um aumento exponencial da lâmina aplicada, o que significa um tempo menor de irrigação para aplicação da mesma quantidade de água. Outro ganho importante foi o CU, que passou dos 90% na disposição 6 x 6 equilateral, garantindo que toda a área receba a mesma quantidade de água.
Com esses dados em mão o próximo passo é calcular o manejo da irrigação, que também deve influenciar na escolha do aspersor e/ou da sua disposição de instalação. Isso porque solos com altos teores de argila possuem taxas de infiltração pequenas, não sendo recomendados lâminas altas por aumentam a possibilidade de escoamento superficial que ocasiona erosões e da perda de água.
Não são todos os fabricantes de aspersores que fornecem os dados para uma avaliação completa ou ao menos dados que possam ser confiáveis como os desta amostra. Sempre que possível procure avaliar o custo/benefício do aspersor considerando os gastos e a redução do consumo de água que uma tecnologia pode lhe proporcionar, além de uma melhora na distribuição, que acarretará em plantas e produtos mais uniformes.
Sistemas de Irrigação Por Gotejamento – Como Prevenir Entupimento de Gotejadores
Quem nunca se deparou com sistemas de gotejamento com baixa uniformidade, amargando prejuízos, sem ao certo saber se o problema está no dimensionamento do sistema de irrigação ou se há entupimentos dos gotejadores?
A uniformidade na distribuição de água em sistemas localizados é de fundamental importância para gozar do benefício de maior eficiência na sua distribuição e economia em relação a outros sistemas de irrigação. O entupimento dos gotejadores é o maior desafio de operação e manutenção do sistema de irrigação por gotejamento, e quando não trabalhado de forma adequada pode levar o produtor ao insucesso e desistência de aplicação da técnica.
As fontes causadoras do entupimento de sistemas de irrigação localizados, principalmente os de gotejamento, podem ter diferentes origens, de natureza química, física e/ou biológica.
natureza química podem ocorrer em função de precipitação de cálcio e ferro,
natureza física acontecem por conta de partículas de solo, restos de material plástico e pequenos animais como formigas, aranha, ovos de insetos
natureza biológica podem ocorrer em função da presença de algas e mucilagem bacteriana. Além desses,A intrusão radicular em sistemas de gotejamento enterrados também é um fator de entupimento dos gotejadores.
Como Lidar com o Problema
Com a finalidade de minimizar as causas de entupimento, a prática mais usual aplicada hoje em dia é a filtração e a cloração da água de irrigação. Vale esclarecer, no entanto, que essa medida não é eficaz para todas as fontes causadoras de entupimentos, sendo necessário tomar medidas específicas em função do tipo de fonte causadora.
No caso da fonte de natureza biológica é recomendado o tratamento químico com uso de ácidos e cloração para controle de entupimentos. A cloração pode ser realizada de duas maneiras, contínua ou intermitente.
Na cloração contínua utiliza-se de dosagens baixas de cloro, cerca de 1 a 10 mg/L de cloro livre, e na cloração intermitente utiliza-se dosagens de choque, acima de 100 mg/L, deixando de utilizar o sistema por 12 horas para efeitos de ação do tratamento.
A combinação de tratamento com cloro e ácidos apresenta vantagens em termos de efetividade e economia, sendo que a recomendação de frequência é semanal, tanto para ácidos como para cloração.
A qualidade da água está diretamente relacionada com a obstrução dos gotejadores, de forma que a constante avaliação da qualidade da água, assim como uma avaliação do sistema de irrigação de forma sistemática são maneiras eficientes de prevenção.
O tipo de tratamento de água necessário para prevenir obstrução que será adotado também deverá levar em consideração a presença de sólidos em suspensão, composição química da água e a atividade microbiológica.
A limpeza do sistema com a abertura do final de cada linha de irrigação é um tratamento altamente recomendado, principalmente no gotejamento. Tal técnica também é indicada para tubulações onde não há irrigação por determinados períodos.
Fonte: http://www.phbio.com.br/media/cultivo/Desentupimento%20de%20Gotejadores.pdf
Automação dos Sistemas de Irrigação – Válvulas e Controladores Elétricos
A crescente preocupação com a redução de custos com mão de obra e principalmente com o manejo operacional da lavoura tornam a automação de sistemas de irrigação um item necessário e indispensável na agricultura. A automação permite o manejo da irrigação de pequenas e grandes áreas em qualquer horário do dia, em especial no período noturno, sem a necessidade de manter um funcionário para realizar a atividade.
O funcionamento é simples, basta realizar a programação das irrigações informando ao controlador as características de turno de irrigação, caracterizados dos dias e horários de trabalho. Uma simples automação supre a demanda de exploração de forma racional e rentável, permitindo uma otimização de recursos de produção e custos. Confira algumas de suas principais vantagens:
- Redução de mão de obra;
- Redução de custos operacionais;
- Maior eficiência na aplicação de água;
- Irrigações noturnas sem mão de obra;
- Redução de potências de bombeamentos;
- Maior precisão no turno de irrigação.
Os principais elementos de um sistema de automação são válvulas de controle elétrico ou hidráulico e os controladores eletrônicos. Vejamos mais detalhes de cada um deles.
Válvulas de Controle Elétrico e Hidráulico
As válvulas de controle elétrico possuem seu comando de abertura e fechamento controlado por uma válvula solenoide, ativada por corrente ou pulso elétricos. Já as válvulas de controle hidráulico têm o controle de abertura e fechamento realizados por um comando de pressão através de tubos de comando em uma central de controle. Clique aqui para conferir as válvulas solenoides disponíveis na loja do Agroclique com melhor preço.
Controladores
O controlador eletrônico de um sistema de irrigação é responsável por armazenar e processar as informações inseridas nele, fazendo com que o equipamento trabalhe de forma ordenada e com eficácia.
Em geral os controladores possuem programas independentes, que levam em consideração os dias da semana, os horários de partida de irrigação, o tempo de irrigação em minutos e horas, programação individual semi-automática ou manual e ainda permitem acoplamento de sensores diversos como controle de umidade do solo e sensores de chuva. São conhecidos com “gerentes” da irrigação, enviando corrente elétrica ou pulsos elétricos para as válvulas elétricas ou para a central de controle das válvulas hidráulicas. Confira ótimas promoções de controladores.
Um Breve Cenário Sobre o Cultivo de Oliveiras (Azeite) no Brasil
Atividade em crescimento no país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, o cultivo de oliveiras soma uma área de aproximadamente 5 mil hectares, colaborando com a geração de cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
O setor da cadeia produtiva do azeite de oliva ainda sofre com a falta de padronização na produção de mudas e no sistema como um todo, de forma a gerar um movimento por parte do governo no sentido de organizar a cadeia produtiva.
Para isso foi criada a Comissão Permanente da Olivicultura Brasileira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reunirá informações sobre a cadeia para publicar uma Norma Técnica Específica (NTE) com o intuito de trazer benefícios para os produtores do setor.
Alguns encontros já estão sendo organizados para se debater o zoneamento edafoclimático da olivicultura, ou seja, o estudo do potencial do clima e do solo de uma dada região para o cultivo de cada cultura.
Com a criação da NTE, espera-se fortalecer os aspectos sociais, ambientais e tecnológicos para a olivicultura brasileira, gerando maior valor agregado ao produto, mais empregos e renda. Através da criação de uma normatização é possível que haja um aumento do volume de pesquisas sobre a cultura, maior interesse de investidores no cultivo de oliveiras e produção de azeite e consequentemente a obtenção de um pacote tecnológico adaptado às nossas condições de clima subtropical.
A oliveira é uma cultura permanente e tem potencial de exploração em pequenas propriedades. Nelas podem ser adotados princípios de boas práticas agrícolas, que nada mais são do que recomendações técnicas, normas e princípios aplicados nas etapas de produção, processamento e transporte com o intuito de proteção do meio ambiente e promoção do bem estar dos trabalhadores e consumidores.
O produtor de pequeno, médio ou grande porte adota boas práticas agrícolas assim como mecanismos de rastreabilidade, podendo inclusive receber a certificação de Produção Integrada e o selo de qualidade “PI Brasil” do Mapa, agregando valor à produção.
Saiba Mais Sobre Linhas de Crédito para Produtores Rurais (BNDS, BB e Caixa)
A agricultura moderna a cada dia apresenta mais tecnologias para aumentar a produtividade e a qualidade de seus cultivares, gerando também maior conforto para o produtor rural. Para promover o contínuo desenvolvimento poucos produtores podem sustentar com recurso próprio o custeio para seus cultivos, ainda mais os investimentos em máquinas, sistemas e infraestruturas.
Investimentos são necessários em qualquer tipo de negócio, e na agricultura não é diferente. Saindo do próprio bolso, de bancos privados ou bancos públicos, os empréstimos são uma parte fundamental do negócio agrícola.
Praticamente todas as instituições financeiras no Brasil possuem alguma linha de crédito para atender a este setor, como custeios, consórcios, programas de financiamentos para baixa renda ou pequenos produtores com juros que podem sofrer grandes variações dentro de uma mesma instituição.
Pode-se citar como as três maiores instituições que trabalham com linha pré definidas para o agronegócio:
- BNDS
- Banco do Brasil
- Caixa Econômica Federal
BNDS – Banco Nacional de Desenvolvimento Social
Consiste numa instituição governamental e possui linhas de créditos para todas as áreas de negócios, sendo uma delas a linha Agro BNDS – AGRO. que oferece outras sublinhas como Pronaf, Pronamp, Inovagro, Moderagro, Moderfrota, Moderinfra, PCA e outras que estão descritas aqui. Valem mencionar que, neste caso, a taxa de juros para 2017 foi mantida pelo CMN – Conselho Monetário Nacional – em 7,5% ao ano.
Para facilitar a escolha da linha que melhor atende um produtor específico o BNDS disponibiliza um aplicativo para celulares para as plataformas Android e IOS. Nele o produtor pode conhecer as linhas de financiamento que o BNDES oferece para o setor agropecuário e encontrar a opção mais adequada ao seu negócio, fazer uma simulação e cálculo do valor da parcela do seu financiamento, pesquisar fornecedores e produtos credenciados junto ao BNDES e ficar por dentro dos próximos eventos e feiras agropecuárias.
Banco do Brasil
Também possui linhas parecidas ao BNDS, Pronaf, Custeio, Pronamp e outros que estão descritas neste site e oferece taxas muito atrativas para determinados grupos, como os produtores familiares com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), exceto do grupo A e A/C.*, que está disponível a 2,5% ao ano com limite de até 250 mil reais anuais.
Caixa Econômica Federal
Em 2016 esta instituição fez um incremento de cerca de 28% para montante repassado para financiamento de agroindústrias, cooperativas e agricultores para 2016/2017, chegando a 10 bilhões de reais (saiba mais) com taxas de juros em torno de 9,5% ao ano, tornando-se uma instituição atrativa para novos negócios.
Muitos produtores não conseguem ter acesso as linhas de créditos mencionadas porque não atendem aos requisitos impostos pelas instituições, como os documentos de posse da propriedade que devem estar em nome do produtor que está requerendo o crédito. Outro problema comum é a falta de informação técnica para apresentar um projeto com os itens que podem ser financiados por essas linhas, para isso a melhor opção é a contratação de um técnico para elaboração de projeto, que inclua produtos das cestas de financiamentos.
Conforme mostramos, existem muitas opções, cabendo ao produtor ou ao seu administrador escolher qual delas e quais linhas de financiamento são mais adequados ao seu perfil.
Saiba Como Combater a Broca-do-Olho-do-Coqueiro
Em artigo recente publicado aqui no Agroclique mostramos quais as principais características da broca-do-olho-dos-coqueiros ou broca-do-olho-das-palmeiras, uma das pragas que comprometem o desenvolvimento destas plantas. Nesta matéria iremos mostrar como combatê-las.
O uso de armadilhas é uma forma prática e eficiente no controle e vigilância da praga. A erradicação de plantas mortas, doentes, infestadas ou não por R. palmarum, junto às armadilhas feromônicas para o monitoramento, mesmo fora da época de pico populacional da praga, são medidas racionais a serem seguidas metodicamente.
As armadilhas, feitas de baldes plásticos, deverão conter feromônio pendurado internamente na tampa e toletes de cana ligeiramente macerados para a obtenção do odor de fermentação (figura).
Já armadilha tipo Pet é feita basicamente com três garrafas plásticas de refrigerante, sendo composta pelas seguintes partes:
- Parte A – funil, garrafa com o gargalo voltado para baixo.
- Parte B – câmara de captura, garrafa cortada a meio centímetro do final da parte afunilada.
- Parte C – garrafa da qual são retirados o fundo e a parte afunilada do gargalo e que serve para a fixação das partes A e B.
A parte C da armadilha é fixada na parte A com pedaços de arame e na parte B pela pressão das duas garrafas entre si, para facilitar a troca do atrativo (pedaços de cana-de-açúcar ou outro atrativo) e a coleta dos adultos.
Na armadilha devem ser feitos pequenos furos, tanto no fundo, para evitar acúmulo de água (parte B), qunato nas laterais (partes B e C), para facilitar a aeração no interior da câmara de captura e a difusão do odor dos atrativos para o exterior da armadilha.
Isca
No interior da câmara de captura são colocados toletes de cana-de-açúcar de aproximadamente 10 cm de comprimento e, pendurada no gargalo da garrafa (parte A) uma cápsula do feromônio de agregação de Rhynchophorus palmarum, tendo-se o cuidado de fazer, com uma agulha, um pequeno furo na tampa, para promover a liberação do produto.
A cana-de-açúcar tem sido considerada a principal fonte alimentar para ser utilizada nas armadilhas em combinação com feromônio. Outros materiais atrativos com poder de fermentação também poderão ser utilizados, a exemplo de mamão, inhame, mandioca, casca de coco verde e abacaxi.
Recomenda-se a coleta dos adultos capturados na armadilha Pet a cada 08 ou 15 dias, a depender da quantidade de insetos capturados na armadilha. Durante a vistoria os adultos devem ser eliminados.
Fonte: interactaquimica.com.br
Conheça as Características da Broca-do-Olho-do-Coqueiro (Palmeiras)
As palmeiras são de grande importância na cadeia alimentar, fornecendo folhas, flores e frutos à inúmeras espécies de aves e mamíferos. Destacam-se também pelos diversos produtos derivados, sendo fonte de alimentos, óleos e ceras de grande valor artesanal. Além disso, são muito utilizadas como plantas ornamentais em diversa regiões do Brasil.
A família Palmae (Arecaceae), predominante nas regiões tropicais, raramente ocorre em climas com temperaturas mais amenas e, muitas vezes, têm seu desenvolvimento comprometido devido à ação de diversas pragas que destroem suas folhas, caule (estipe), flores, frutos e sementes, bem como de afetam também o vigor e a beleza da planta.
Uma das principais e mais importantes pragas fitossanitárias e estéticas das palmeiras é a chamada broca-do-olho-das-palmeiras ou broca-do-olho-do-coqueiro, cientificamente denominada Rhynchophorus palmarum. Os adultos são besouros negro-aveludados, de grande tamanho, variando entre 46 a 50 mm de comprimento, com “bico” longo e levemente recurvado e antenas em forma de cotovelo. Os machos possuem cerdas rígidas, em forma de escova, na parte superior do bico, diferindo das fêmeas, nas quais o bico é liso e mais afilado. As posturas são efetuadas nas partes tenras das palmeiras (olho ou gema apical) ou em ferimentos pré-existentes, numa média de 250 ovos por fêmea.
A larva não possui pernas e é de tamanho bastante avantajado em sua fase final de crescimento, chegando aos 75 mm de comprimento, possuindo corpo robusto, branco-amarelado, com cabeça bem desenvolvida e de coloração alaranjada. Consomem os tecidos sadios fazendo galerias e deixando, no interior do estipe, uma coloração avermelhada característica devido provavelmente à ação de bactérias e fungos decompositores presentes nas fezes e restos de tecidos fermentados.
Os sintomas mais evidentes do ataque da praga são o amarelecimento e murcha de folhas (imagem), tombamento e morte da planta. Próximo à pupação, a larva constrói, dentro do estipe, um casulo feito com as fibras da planta hospedeira. A praga é um inseto de hábito diurno e pode ser encontrada em todas as fases de desenvolvimento durante todo o ano.
Seu ciclo de vida é relativamente longo. As larvas permanecem nas palmeiras mortas por um longo período, até a eclosão da fase adulta, desde que haja quantidade de alimento e umidade suficientes. As palmeiras mortas, estando tombadas ou eretas em seu lugar de cultivo ou exposição, devem ser queimadas e enterradas, evitando-se assim novos focos de criação.
Os odores de fermentação oriundos de exsudatos e ferimentos mecânicos pelo corte de folhas ou de estipes atraem insetos adultos e estes, sendo machos, liberam um feromônio (odor característico para cada espécie) de agregação, atraindo indivíduos de ambos os sexos para a planta hospedeira.
Sistema de Irrigação para Tomates em Vasos em Estufas
Sistemas de irrigação para tomates em vasos são necessariamente de baixa vazão com sistema de injeção de fertilizantes, já que toda a nutrição das plantas é aplicada via água da irrigação. Para podermos demonstrar um sistema simples para irrigação de tomates em vasos o dividimos em 5 partes:
- Vasos
- Emissores de irrigação
- Sistema de filtragem
- Sistema de injeção de fertilizantes
- Bombeamento
1. Vasos
O vaso de 8 litros tem se apresentado a escolha mais adequada, uma vez que permite um bom desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Existem diversos tipos de vasos, uns com paredes mais grossas e outros mais finos, mais parecidos com sacos de cultivo, se diferenciando pela sua vida útil, pois normalmente quanto os mais grossos são mais resistentes e, consecutivamente, mais caros.
Uma tecnologia nova que algum fornecedores desse material apresentaram são os vasos brancos ou com revestimento em branco, que prometem uma redução da temperatura interna, possibilitando um melhor desenvolvimento das raízes próximas a parede do vaso.
2. Emissores de Irrigação
Emissores da irrigação são também conhecidos como gotejadores e podem ter algumas formas e vazões diferentes, dependendo do fabricante. A vazão pode variar de 2 a 8 litros por hora por emissor, sendo que cada um pode atender de um a dois vasos. Em vasos de 8 litros recomenda-se botões gotejadores com saídas (sendo duas para cada vaso), promovendo uma melhor distribuição de água.
3. Sistema de Filtragem
Para irrigação em vasos com a utilização de botões gotejadores é indispensável o uso de algum tipo de filtro, que deve ser escolhido pela qualidade da água utilizada na irrigação. Os filtros mais comuns são o de disco ou tela e o filtro de areia, lembrando que cada um tem uma função de filtragem específica.
Os filtros de disco ou tela são usados para filtrar partículas em suspensão na água de irrigação e o tamanho da abertura da tela e disco para segurar as partículas que podem entupir os gotejadores, na ordem de 120 mesh.
Já os filtros de areia são utilizados para retenção de matéria orgânica presente na água de irrigação, não sendo recomendados para retenção de partículas em suspensão como areia, pedaços de folhas e outros materiais não solúveis.
4. Sistema de injeção de fertilizantes
No cultivo de tomates em vasos o uso de fertilizantes é indispensável, pois o substrato dos vasos é praticamente inerte e serve basicamente como sustentação da planta. Para fazer a injeção de adubos em uma linha de irrigação existem muitos sistemas disponíveis no mercado, que podem variar muito de valor (dos equipamentos), começando em poucos reais em um sistema de injeção direto, utilizando as próprias caixas d’água da irrigação para o preparo da solução e succionando a solução pela motobomba da irrigação, até sistemas inteligentes que monitoram e controlam a injeção de fertilizantes por volume e condutividade elétrica (EC). Sistemas complexos podem chegar a custar cerca de R$ 100.000,00 somente a parte de injeção de fertilizantes.
5. Bombeamento
O coração de um sistema de irrigação é o conjunto de bombeamento, no qual se concentra grande parte dos trabalhos, pois é nele que se programa os tempos de irrigação, pressão de funcionamento. Além disso, a filtragem e a fertirrigação também podem estar juntos ao sistema de bombeamento.
A maioria dos problemas e dificuldades de operação vem do sistema de bombeamento, pois este dependem de muitos equipamentos e variáveis. Problemas com a pressão podem ser causados por mudanças na ordem das fases de energia, provocados por uma manutenção externa ou interna mesmo, como em uma troca da bomba em sistemas trifásicos. Deve-se sempre conferir o lado em que a bomba está rodando, de forma que se estiver ao contrário do lado indicado deve-se inverter uma das três fases, caso contrário essa rotação invertida provocará uma queda da pressão do sistema.
Outro problema muito constante em manutenções nos conjuntos motobombas que provocam a queda da pressão é o entupimento do rotor da bomba por folhas, pedras, peixes e até mesmo cobras, nestes casos somente a abertura da bomba e a limpeza do rotor já será o suficiente para que o sistema retorne ao funcionamento correto.
Se ainda possuir alguma dúvida ou gostaria de desenvolver um projeto para cultivos de tomates em vasos, entre em contato aqui com nossa equipe técnica ou num dos canais abaixo que estaremos de prontidão para lhe atender.
Cultivo Protegido (Estufas) Não é Uma Opção, Mas Sim Uma Necessidade
A alguns anos o agricultor não consegue contar com a regularidade do clima. Chuvas em grandes quantidades em pequenos períodos e estiagens prolongadas, aliadas a falta de apoio técnico e financeiro, vêm prejudicando o agricultor brasileiro que não consegue se estabelecer no mercado com a produtividade e qualidade baixas. Nesse sentido, o cultivo protegido ou estufas representa uma alternativa e tem sido uma tendência sem volta para o mercado de verduras, legumes e flores.
Cultivos em ambientes fechados podem ser beneficiados por não serem influenciados pelo ambiente externo, possibilitando a implantação de culturas de hortaliças e flores em praticamente qualquer localidade do país. Além disso, o controle de pragas e doenças nesses sistemas protegidos é mais simples, pois as plantas normalmente são mais saudáveis e vigorosas por não sofrerem danos mecânicos provocados por ventos e chuvas, o que resulta em uma redução significativa no uso de defensivos.
No mercado brasileiro esse tipo de cultivo ainda é pouco utilizado. De acordo com informações do presidente do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla), o engenheiro agrônomo Antonio Bliska Júnior, cerca de 50% das estufas brasileiras estão localizadas no estado de São Paulo, com aproximadamente 11 mil hectares de área. Para se ter uma ideia, a China lidera o ranking mundial com mais de 3 milhões de hectares de estufas (tabela publicada em 2013).
fonte: https://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/mat_capa.pdf
Com a introdução do cultivo protegido, outros sistemas são necessários como irrigação, fertirrigação, sombreamentos e PadFun’s (sistemas específicos de resfriamento de estufa). Todos estes mecanismos demandam tecnologia e mão de obra qualificada para a operação, o que aumenta o custo de produção, além do valor de implantação da estrutura das estufas, que pode superar a casa dos 200,00 R$/m².
Apesar dos custos de implantação e operação superarem os do cultivo convencional, os produtos resultantes do cultivo protegido podem sair na frente no mercado. Entre os principais fatores para isso, podemos citar a maior qualidade e por serem produzidos em locais mais próximos dos centros consumidores, reduzindo custos de transportes e armazenamento, além de terem vida útil maior na mesa do consumidor, conquistando melhores preços de venda.
Aprenda a Fazer Armadilha Para Controle de Mosca-das-frutas
Neste artigo mostraremos como fazer uma armadilha para controle de mosca-das-frutas, uma das principais pragas relacionadas a fruticultura em nosso país. Tal recurso é utilizado para controle da mosca em frutíferas como carambola, manga e goiaba, entre outras.
Materiais
Segue abaixo a lista de materiais necessários, lembrando que podem ser obtidos em mercados, lojas agropecuárias e comércio em geral.
- 1 garrafa tipo PET, preferencialmente transparente e com tampa;
- Canivete ou estilete;
- Funil;
- Rolo de arame;
- Inseticida a base de deltametrina.
Preparação do Líquido Atrativo
Há diversas formas de preparo das soluções para se usar como atrativo da mosca-da-fruta no interior da garrafa. A receita do líquido atrativo rende até três armadilhas.
Ingredientes Para preparo de 1000 ml de líquido atrativo:
- Suco de fruta natural;
- 5 a 6 ml de inseticida a base de deltametrina;
- O Suco de fruta utilizado em uma determinada árvore frutífera deverá ser de outro tipo de fruta, por exemplo:
Para combater mosca em Árvore de Manga, podemos utilizar suco de goiaba, laranja, acerola, pêssego etc. Ja para combatê-la em Árvore de Goiaba, podemos utilizar suco de laranja, manga, acerola, etc.
Modo de preparo: Coloque cerca de 300ml de solução atrativa no interior da garrafa e tampe-a de forma a evitar a entrada de água de chuva no recipiente, o que reduz o efeito da solução.
Manutenção: Descarte os insetos mortos e troque o líquido das garrafas a cada 15 dias. Lave o recipiente com água para eliminar os resíduos da solução antiga, adicione nova solução e monte novamente as armadilhas. Cada armadilha deve ser substituída a cada 4 meses, tornando-se mais atrativas aos insetos.
Montagem da Armadilha
Com os materiais em mãos e o líquido atrativo preparado, chegamos enfim a montagem da armadilha. Sigo os passos descritos abaixo.
- Com o canivete ou estilete, abra de três a quatro furos ou janelas na garrafa, local de entrada das moscas na armadilha.
- Mantenha a garrafa totalmente transparente (limpa) para evitar que a armadilha se torne menos atrativa para o inseto.
- Amarre uma ponta do arame na extremidade do gargalo da garrafa, a outra ponta será pendurada na copa da árvore frutífera, a uma altura de 1,5m a 2,0m do solo. A instalação deverá ser feita de preferência num galho sem grande exposição ao sol.
OBS: Os buracos feitos na garrafa servem de “porta” de entrada para os insetos, por isso não se deve realizar mais furos, a fim de evitar que a praga fuja da armadilha.
É importante coletar os frutos caídos, e enterrá-los, com uma cobertura mínima de 30 cm de terra, interrompendo o ciclo de reprodução dos insetos.