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A importância da Economia de Água na Irrigação
Durante 2014, o Brasil foi afetado por uma seca histórica que afetou não somente a produção agrícola mas também o abastecimento de águas das cidades. Muito ouviu-se falar em “volume morto” das represas, obras emergenciais, prefeituras aplicando multas em consumidores que desperdiçavam água etc… O uso consciente dos recursos hídricos é muito relevante para o desenvolvimento e crescimento da população e para a manutenção do meio ambiente. Porém, o maior vilão e responsável pela escassez de água não é o consumo urbano, e sim a irrigação. De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas), a irrigação é responsável por aproximadamente 72% do consumo de água no Brasil.
Portanto, fica claro que tentar economizar água nas cidades é uma ação importante, mas está longe de ser suficiente. E infelizmente, no ramo que mais se gasta água, pouco foi feito para que se houvesse uma real redução no consumo. O impacto de uma medida nesse setor poderia alcançar resultados melhores no objetivo da preservação deste recurso.
Nesse sentido, não há dúvidas que a modernização pode ser um passo em direção às metas de economia de água no Brasil. Quebrando alguns paradigmas do setor sobre os sistemas de irrigação que melhor atendem certas culturas, os sistemas de gotejamento, cada vez mais, estão ficando acessíveis para algumas culturas, consumindo até 80% menos água por planta, pois somente disponibiliza água no sistema radicular efetivo da cultura, com a vantagem de poder injetar fertilizantes na água da irrigação.
Além disso, a automação e o controle desses sistemas de irrigação também podem reduzir significativamente o volume de água consumida, controlando alguns parâmetros como:
umidade do solo na profundidade certa, permitindo que não se coloque água onde as plantas não conseguem buscar,
velocidade do vento, não permitindo que sistemas de aspersão liguem com ventos fortes, evitando perdas por deriva
Estas são apenas algumas medidas que podem promover bons resultados na economia de água no setor da irrigação. Entretanto, para que tais medidas de fato ocorram, é necessário incentivos do governo na formação profissionais que desenvolvam técnicas e equipamentos para a realidade nacional.
Principais partes de um Sistema de Irrigação Para Jardins e Gramados
Os jardins e gramados, a cada ano, apresentam novos detalhes e novas possibilidades em suas formas e variedades de plantas apresentadas pelos decoradores, profissionais e empresas especializadas. Com áreas tão complexas e grandes, o trabalho de manutenção tornou-se um serviço altamente especializado. A irrigação é um desses.
Os sistemas de irrigação devem ser robustos para suportar passagem de cortadores de gramas, pedestres e animais e eficientes para promover o máximo desempenho das plantas com o menor consumo de água possível. Assim sendo, a automação é parte indispensãvel no processo de melhora da eficiência da irrigação.
Pode-se dividir o sistema de irrigação de um jardim ou gramado em 5 partes: Aspersores, Válvulas de comando, sistemas de filtragem, Controlador e Conjunto de bombeamento.
1 – Aspersores
Os aspersores são a parte do sistema de irrigação que demanda mais tempo para sua seleção no projeto. São muitos modelos e variações de bocais que variam seu alcance e volume de água aplicada.
Os mais utilizados são rotores e sprays:
– Rotores
Os rotores são utilizados em áreas maiores com menos interferências de árvores e construções como gramados e campos de futebol e golf. Seu alcance pode variar entre 4,60 e 25,00 metros e seu jato único que gira que de 0 a 360° ajustáveis com vazões entre 0,12 a 8,00 m³/h. (Clique aqui e veja alguns rotores disposníveis)
– Sprays
Os Sprays são utilizados em áreas menores como recortes, cantos e áreas com muitas árvores, plantas arbustivas e pedras. Seu alcance varia entre 1 e 5 metros com um spray uniforme nos 360° , podendo ser ajustado para menos com alguns bocais específicos para setorização, reduzindo sua vazão para 0,15 a 1,21 m³/h. (Clique aqui e veja alguns Sprays disponíveis)
2 – Válvulas de comando
As válvulas dos sistemas de irrigação são os “registros” que abrem e fecham os setores e são utilizados para dividirem a área em partes convenientes ao projeto em relação à vazão, pressão e lâmina de água requerida pelas plantas. Seu sistema de abertura é feita normalmente por comando elétrico 24 Vac e abertura hidráulica. A abertura depende de uma pressão mínima de aproximadamente 5 m.c.a.
Problemas recorrentes são sujeiras que impedem o seu fechamento completo e apresentam vazamentos mesmo com o sistema desligado ou irrigando outra válvula. (Clique aqui e veja algumas válvulas disponíveis)
3 – Sistemas de filtragem
Filtros são imprescindíveis para qualquer sistema de irrigação, pois os emissores (Aspersores e gotejamento), cada vez mais, apresentam vazões menores devido a exigência de economia e eficiência. Os orifícios desses emissores são pequenos e não permitem que existam partículas em suspensão na água da irrigação que se acumulam na saída deles e acabam entupindo. Em muito modelos não há possibilidade de acesso para limpeza, inutilizando os equipamentos.
Malhas de 120 Mesh de filtragem atendem boa parte dos modelos de emissores. (Clique aqui e veja alguns filtros disponíveis)
4 – Controlador
O controle de um sistema de irrigação é o seu cérebro, que diz quando e onde a irrigação será feita. Controladores mais elaborados podem ter mais algumas funções como sensores de chuva, umidade do solo, intensidade de vento e controle de retrolavagem para filtros. Controles como esses podem reduzir a mão de obra de controle, podendo uma pessoa gerenciar grandes áreas com precisão. (Clique aqui e veja alguns controladores disponíveis)
5 – Conjunto de bombeamento
O conjunto motobomba pode ser comparado ao coração do sistema, pressurizando as linhas de irrigação e permitindo que as aspersores funcionem com pressões e vazões adequadas. A motobomba é ligada ao controlador através de um painel de comando e proteção, responsável por dar partida na bomba. (Clique aqui e veja algumas bombas disponíveis)
Compreenda a Produção Orgânica, Certificação e Cuidados
Além da garantia da qualidade do produto ou serviço prestado ao consumidor, a certificação é de suma importância na regulamentação dos processos e tecnologias de produção, necessárias para credibilidade dos produtos e dos produtores no comércio, assim como manutenção de padrões do movimento orgânico.
Para comercializar produtos como orgânicos no Brasil não basta o produtor utilizar técnicas de manejo orgânico, é preciso fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Essa inscrição é possível se o produtor estiver certificado por um dos mecanismos a descritos a seguir:
- Obter certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, ou;
- Organizar-se em grupo e cadastrar-se junto ao MAPA para realizar a venda direta sem certificação.
O produto certificado pode ser comercializado em feiras livrer (diretamente para o consumidor), supermercados, restaurantes, indústrias, hotéis e via internet, entre outros canais.
Sem a certificação, no entanto, o produtor pode se cadastrar apenas para venda direta, ou seja, somente em feiras livres (direto ao consumidor) e para compras do governo (merenda escolar e CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento).
Como saber se o produto é orgânico?
Selo de Certificação Orgânica.[/caption]O produtor sem certificação deve portar e apresentar, sempre que solicitado pelo consumidor ou pela fiscalização, o documento de Declaração de Cadastro, que demonstra que ele está inscrito junto ao MAPA e que participa de um grupo que se responsabiliza por ele. Desta forma, somente o produtor, alguém de sua família ou de seu grupo poderá estar na barraca da feirinha, comercializando o produto.
Os produtos, nacionais ou estrangeiros, comercializados em mercados, supermercados e lojas, devem possuir o selo federal do SisOrg no rótulo. No caso da comercialização a granel, o mesmo deve estar identificado por meio de cartazes, etiquetas ou outro meio.
Quando um produto sem selo for exposto à venda, se no rótulo contém a informação “orgânico”, o produto será apreendido e a loja será advertida por escrito sobre os cuidados a serem tomados.
Caso o produto sem selo estiver na embalagem original, o responsável será o produtor, e o mesmo será autuado e até multado. Já se o produto estiver em outra embalagem, como a da loja, ou o for comercializado a granel, tanto o produtor como o responsável pelo local de comercialização responderão pela irregularidade.
Como regularizar?
A certificação pode ser obtida pela contração de uma Certificadora por Auditoria ou se ligando a um Sistema Participativo de Garantia – SPG, que deverá estar sob certificação de um Organismo Participativo de Avaliação da Qualidade Orgânica – OPAC.
A Certificadora por Auditoria fará visitas de inspeção inicial e periódicas e o produtor deverá manter obrigações perante o MAPA e a certificadora. Em caso de descumprimento das obrigações a certificadora retira o certificado e informa ao MAPA.
No caso da certificação por OPAC, o produtor participa ativamente do grupo que está ligado, comparecendo a reuniões periódicas e o próprio grupo garante a qualidade orgânica de seus produtos, de forma que todos tomam conta e respondem juntos. Em caso de fraude e/ou irregularidades, se o produtor não as corrigir, o grupo deve excluí-lo, cancelar seu certificado e informar ao MAPA.
Caso o interesse seja apenas pela venda direta ou institucional, os produtores podem formar uma Organização de Controle Social – OCS.
Cuidados do comerciante na aquisição de produtos verdadeiramente orgânicos
Os comerciantes que desejam comercializar produtos verdadeiramente orgânicos devem tomar cuidados, como por exemplo exigir que os rótulos dos produtos contenham o selo federal do SisOrg. No caso de produtos não embalados, como legumes e verduras, o comerciante deverá solicitar cópia do Certificado Orgânico do Produto junto com o documento e Declaração de Transação Comercial, que pode ser emitida pelo produtor como pela certificadora.
O comprador deve, também, consultar o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, no site do MAPA.
Para mais informações, inclusive a leitura de normas relacionadas, recomendamos acesso ao Portal da Agricultura do governo federal.
Conheça os dois Tipos de Sistemas de Filtragem para Gotejamento
Devido aos emissores que possuem pequenas passagens que controlam o fluxo de água, os sistemas de irrigação por gotejamento devem ser, necessariamente, de baixa vazão. Na grande maioria, as vazões variam de 0,4 L/h até 2,0 L/h e são divididas ainda em autocompensantes, anti drenantes e anti sifão.
Em todos os modelos, os fabricantes recomendam o uso de sistemas de filtragem que variam de 150 mesh a 120 mesh (0,125 mm). Essa medida dos elementos filtrantes (mesh) indica o número de aberturas em uma linha de 1 polegada em uma tela.
Podemos dividir os sistemas de filtragem para gotejamento em dois tipos. Veja a descrição de cada um deles:
Filtros de Disco ou Tela
Filtros de disco ou tela têm a mesma função e promovem o mesmo tipo de filtragem, que é a retenção de partículas em suspensão. Assim sendo, não são recomendados para retenção de matéria orgânica devido a baixa eficiência. A grande diferença entre os filtros de Disco e de Tela é o intervalo entre as limpezas necessárias. Como a área de filtragem muito superior, o filtro de disco promove um tempo maior de intervalo de limpeza.
Filtros de Areia
Filtros de areia são indicados para retenção de matéria orgânica presente na água e não para partículas em suspensão. Por isso, onde existirem filtros de areia haverá, na sequência do sistema, um conjunto de filtro de disco ou tela. Vale ressaltar que o elemento filtrante (areia) não pode ser uma areia convencional utilizada na construção civil, pois seus os grãos são de seixo rolado e resultam em baixa eficiência na retenção de matéria orgânica. A areia adequada para ser utilizada como elemento filtrante possui grãos arestados, que apresentam maior área de contato. Outro detalhe importante é que os filtros de areia demoram algumas semanas para começarem a ser eficientes, pois dependem da cobertura de uma película biológica ao redor de cada grão de areia que, futuramente, reterá a matéria orgânica presente na água.
O intervalo de manutenção dos filtros podem variar de acordo com a qualidade da água. Recomenda-se a limpeza dos filtros de discos sempre ao final de cada ciclo de irrigação, sendo que há casos em que os filtros se apresentam isentos de impurezas após o ciclo de irrigação, permitindo aumentar seu intervalo de limpeza. O recomendado é procurar este “intervalo ideal” e adotá-lo como regra, como a limpeza a cada 3 dias, por exemplo.
Com o passar do tempo há formação de incrustações, que podem ser removidas, deixando os elementos de discos imersos em uma solução de ácido fosfórico na concentração de 10% por 24 horas. Após esse período é necessário lavar os elementos de discos em água corrente.
A manutenção dos filtros de areia consiste, basicamente, em realizar um processo de inversão de fluxo mais conhecido como retro lavagem. Recomenda-se a limpeza dos filtros de areia sempre ao final de cada ciclo de irrigação, assim como nos filtros de discos. Esse processo deve se repetir diariamente, sempre que houver irrigação. A substituição do elemento filtrante – areia – deve ser realizada regularmente a cada período de 06 (seis) meses, quando de sua utilização constante.
Durante a troca do elemento filtrante deve-se observar alguns detalhes, como a substituição das crepinas, pois as mesmas podem estar ressecadas e até quebradas, permitindo a passagem de grãos de areia para o sistema de irrigação. Outro detalhe importante é a verificação do nível de areia orientado pelo fabricante, não sendo recomendado o preenchimento de todo o volume do reservatório de areia, pois poderá comprometer a capacidade de limpeza do conjunto quando realizado o procedimento de inversão de fluxo ou retro lavagem. Esse processo necessita de um determinado volume livre no interior do reservatório de areia para poder fluidizar a areia, permitindo uma adequada limpeza do elemento filtrante durante o processo de retrolavagem.
Transposição Rio São Francisco É Essencial para Irrigação
Abrangendo mais de 477 Km de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) passará por 4 estados, sendo um projeto de grande importância para o desenvolvimentos da agricultura no Brasil. A região do projeto é favorecida pela intensidade luminosa e solo fértil, o que favorece o desenvolvimento da agricultura.
O projeto hoje está com cerca de 86% das suas obras concluídas e já passa por dificuldades de abastecimento do sistema devido ao consumo das águas da bacia do São Francisco pelas populações urbanas e pelos sistemas de irrigação existentes. Grandes investimentos em infraestrutura, irrigação e na própria implantação das culturas correm riscos de ficarem sem água, prejudicando todo o desenvolvimento da região e fazendo com que mais um grande projeto do governo possa ir “por água abaixo”.
Além da falta de água devido a capitações regulares, ainda existem muitos desvios e captações clandestinas, fato que agrava ainda mais essa situação. A falta de fiscalização e controle do governo novamente possibilitam que criminosos cultivem suas plantas sem o custo desta, desestimulando cada vez mais quem tenta trabalhar da forma correta e acaba tendo que pagar pelo uso da água desses desvios.
Fiscalizar e controlar o consumo deste recurso não será suficiente para atender a demanda de água para irrigação em um futura próximo, dificultando ainda mais a entrada de investimentos a longo prazo que promovam o desenvolvimento não só do local mas de toda a agricultura do Brasil.
Alternativas como a reutilização de esgoto doméstico tratado ou a água do mar dessalinizada devem ser fatores considerados em projetos a médio e longo prazo como recurso auxiliar à produção agrícola da região, que em breve se tornará um dos maiores polos mundias de produção de alimento.
Outra medida urgente é a modernização dos sistemas de irrigação existentes, onde sistemas de aspersão e microaspersão – que consomem grandes volumes de água – possam ser substituídos por sistemas localizados como gotejamento e que todos possam contar com controles sistêmicos que permitem a avaliação de parâmetros como umidade de solo, previsão do tempo, EC (condutividade elétrica) e PH, tornando o cultivo nessas áreas mais eficientes e altamente produtivos.
Aprenda Fazer Defensivos Naturais para Controle do Percevejo do Tomate
Promover o equilíbrio ecológico do ambiente de produção, fortalecendo o solo e as plantas, é a melhor forma de manter as culturas livre de pragas e doenças. Porém, há situações que a infestação de pragas toma tamanha proporção que acaba prejudicando toda (ou boa parte) da cultura. Nestes casos, o uso de defensivos naturais é vantajoso, pois são menos agressivos ao meio ambiente e possuem menor toxicidade aos seres vivos.
A família das solanáceas (berinjela, jiló, pimentas, tomate, pimentão) sofre grandes perdas com a presença do percevejo do tomate (veja foto abaixo). Os insetos, que aparecem em todo o ciclo de produção da cultura e vivem em grandes grupos, sugam a seiva, podendo causar a queda de flores e frutos pequenos, a murcha e apodrecimento dos frutos maiores e, consequentemente, perdas na produtividade e na qualidade do produto final.
Agora, conheça uma receita para a produção de defensivo natural que pode ser utilizado no controle da praga do Percevejo do tomate:
Defensivo Natural Percevejo do Tomate
Ingredientes:
- 100g de pimenta do reino;
- 2 Litros de álcool;
- 100g de alho;
- 500g de sabão neutro.
Modo de Preparo:
- Preparo da solução de pimenta do reino.
Adicione a pimenta do reino em 1 litro de álcool, mantendo o recipiente bem fechado. Deixe em repouso por uma semana. - Preparo da solução de alho.
Triture o alho em pedaços bem pequenos. Coloque o alho triturado em 1 litro de álcool. Deixe em repouso por uma semana. - Preparo da solução de água e sabão.
Triture os 500g sabão em pedaços pequenos e adicione em um recipiente com 1 litro de água quente, tomando o cuidado de dissolver bem o sabão. É importante destacar que o preparo da solução do sabão deve ocorrer somente no dia que for realizada a aplicação. - Aplicação das soluções.
Misture 200 ml da solução de pimenta + 100 ml da solução de alho + solução de sabão (1 litro de água + 500 g de sabão neutro) a 20 litros de água. Agite bem todos os componentes e aplique nas plantas atacadas.
Para mais informações sobre o controle do percevejo do tomate e uma outra receita de defensivo natural, clique aqui e acesse o arquivo divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimetno que trata do assunto.
Injeção de Adubos e Fertilizantes Para Produção Tomates
Com o aumento da demanda por alimentos, a produção de verduras e legumes tem se tornado cada vez mais relevante e valorizada no mercado. Neste cenário tem destaque especial a produção de tomates, que vem tomando os espaços das estufas que normalmente eram ocupados ou por flores ou produtos hidropônicos, tendo como consequência a necessidade de adaptação por parte dos sistemas.
Uma parte indispensável dos sistemas de produção é a de injeção de fertilizantes, que pode variar de acordo com a necessidade, precisão e custos.
Para elencar alguns sistemas mais relevantes e acessíveis do mercado, podemos indicar três deles em ordem crescente de custo de instalação. Confira:
1. Injeção de Adubo Direta
Custo médio: R$ 200,00
O sistema de injeção de adubos, quando feito de forma direta, envolve a preparação da solução de adubos diretamente na caixa d’água e essa solução está pronta para ir para os vasos sem que haja nova diluição. Esse sistema pode ser o mais econômico no que se diz respeito ao investimento em infraestrutura, pois não utiliza equipamentos específicos para injeção de adubos e nem mão-de-obra especializada. Por outro lado, demanda mais tempo de mão-de-obra para o preparo da solução, já que seu preparo é diário.
2. Injeção com Venturi
Custo médio: R$ 500,00 (para duas soluções concentradas)
Tal sistema se dá na instalação de um ou mais equipamentos conhecidos como “Venturi“, normalmente instalados no recalque do sistema de bombeamento que succiona uma solução concentrada e a dilui na linha de irrigação. Esse sistema demanda uma atenção maior no ajuste do volume de diluição, mas após instalado uma vez não há necessidade de nova regulagem.
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Um revés para esse sistema é a interferência que ele provoca, aumentando muito a perda de carga, o que deve ser considerado no projeto do sistema de irrigação. Outra desvantagem é que ele não permite regulagem precisa, portanto é preciso escolher o Venturi que melhor atenda as necessidades de volume de adubos.
3. Injeção SuperDos
Custo médio: R$ 5000,00 (para duas soluções concentradas)
No sistema de injeção com o SuperDOS, o equipamento é instalado no chamado “bypass” (imagem acima), em qualquer ponto do recalque. O injetor funciona com um mecanismo acionado com a própria vazão existente no sistema, lembrando que para cada vazão existe um modelo ou uma bateria de injetores em paralelo que suporte tal vazão e que deve ser considerada uma perda de carga prescrita pelo fabricante.
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A proporção de injeção é regulada girando a parte inferior do equipamento conforme a solução desejada. A quantidade de produto injetado é proporcional a quantidade de água que atravessa a bomba dosadora: para uma regulagem de 1% = 1 : 100 = 1 volume de concentrado + 99 volume de água, que entra na bomba dosadora. Essa regulagem pode variar de 1% até 10%, dependendo do modelo.
Uma desvantagem é a fragilidade do equipamento em relação a impurezas na solução concentrada que deve estar completamente dissolvida, pois caso haja sólidos suspensos pode ocorrer danos no injetor e consequente redução de sua vida útil de manutenção.
Conclusão
Todos os sistemas têm suas vantagens e desvantagens, cabe ao próprio produtor ou ao consultor técnico selecionar o que melhor se adapta às suas necessidades técnicas e financeiras. Fato é que não há possibilidade de se produzir com qualidade e produtividade sem algum desses sistemas citados ou outros existentes no mercado.