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Temer Cria Projeto Para aumentar Capital Estrangeiro no Agronegócio
Mesmo em meio as polêmicas relacionadas a delações premiadas e com seu nome envolvido em casos de corrupção, o presidente Michel Temer procura seguir seu governo normalmente. Na quarta-feira desta semana (25) ele enviou ao Congresso Nacional uma proposta para aumentar as fontes de financiamento estrangeiro para o agronegócio brasileiro.
O projeto visa permitir que Cédulas do Produtor Rural (CPR) passem a ser referenciadas em moeda internacional. Desta forma, os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), bem como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), poderão ser emitidos, por exemplo, com lastro em dólar ou euro, o que deve atrair mais capital estrangeiro para o ramo.
Assim como todo projeto de Lei, tal proposta ainda deve passar por aprovação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, pelo Senado Federal, para então passar a valer e entrar em vigor. Como a tramitação de todo o processo deve contar com várias sessões em cada casa, sendo aprovado o projeto não deve favorecer os agricultores e pecuaristas para o início da safra 2017/2018.
Justamente por esse motivo a ideia inicial do governo era promover a mudança por meio de Medida Provisória, que faria com que a novidade valesse de imediato. De acordo com Célio Porto, coordenador da Comissão de Política Agrícola, a perda do setor é de um ano para aguardar todo o processo.
A estimativa do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Agropecuária (MAPA) de renda oriunda deste tipo de investimento em 2016 era de R$ 12 bilhões anuais. A expectativa dos especialistas, no entanto, é menos otimista, uma vez que a maioria dos recursos captados em títulos como CDCA e CRA são feitos geralmente por fundos de investimentos e grandes empresas, que não recebem isenção da Receita Federal na cobrança de Imposto de Renda (tal benefício é concedido apenas para pessoa física).
Para mais detalhes sobre o projeto, confira este artigo publicado no Canal Rural.
Drones São Usados na Agricultura Para Otimizar a Produção
Provavelmente você já ouviu algo sobre os Drones ou Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), como são nomeados aqui no Brasil. O que talvez não saiba é que, nos últimos anos, esses “brinquedinhos” passaram também a assumir papéis importantes no setor agrícola (agricultura e pecuária), exercendo inúmeras funções.
Análise da lavoura e do desenvolvimento da safra, monitoramento da plantação e do sistema de irrigação e / ou do rebanho, telemetria (medir propriedades usando as imagens de alta qualidade), pulverização (aplicação de defensivos), detecção de pragas e ervas daninhas, vigilância da propriedade e mapeamento de solos são apenas algumas das tarefas que os Drones podem executar neste ramo.
A grande vantagem do destes aparelhos é que oferece maior segurança, economia e rendimento para os produtores. No primeiro caso, por não haver a necessidade de um piloto, uma vez que os VANTs são controlados remotamente por sistemas eletrônicos e computacionais operados por um profissional capacitado para tal finalidade.
Já a redução de gastos está relacionada ao modo operacional de uso dos Drones, que tem custo muito inferior comparado aos meios mais comuns como o uso de imagens de satélites e as aeronaves tripuladas, especialmente em grandes áreas de plantio.
O maior rendimento, por sua vez, decorre da maioria das funções oferecidas por este recurso. Com câmeras instaladas que geram imagens e vídeos de alta qualidade, os Drones realizam rapidamente o diagnóstico de toda área desejada. Algumas câmeras inclusive trazem espectro infravermelho acompanhadas de softwares desenvolvidos para o processamento das imagens, tornando ainda melhor a leitura e análise para os agricultores.
Ainda em processo de desenvolvimento e de instalação em nosso país, a tecnologia dos Drones, especialmente relacionada ao agronegócio, vem crescendo por aqui, juntamente com a oferta do produto. Hoje é possível encontrar opções, principalmente em lojas escpecializadas pela internet, que variam de preços de menos de R$ 1.000 podendo custar mais de R$ 35 mil, dependendo do modelo e da atividade.
Fonte: blog.droneng.com.br
Embrapa Lança Aparelho Que Mostra Hora de Começar e Parar Irrigação
A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – lançou, recentemente, um aparelho para auxiliar os agricultores a saber o momento exato de inciar e finalizar o processo de irrigação em hortaliças, plantas ornamentais e outras culturas.
Chamado Irrigas®, o equipamento usa uma tecnologia simples e tem como função básica indicar se o solo está úmido ou seco. Para isso, é composto basicamente de duas partes principais, uma cápsula porosa e uma cuba de leitura, conectados por um tubo plástico flexível.
A cápsula fica enterrada no solo junto às raízes e, depois de instalada, entra em equilíbrio com a água no local em poucas horas. Já a cuba é a parte que fica para fora, a qual será usada pelo produtor, juntamente com o auxílio de um copo com água, para verificar se há umidade suficiente ou não e consequente necessidade de irrigação.
Como Fazer a Leitura do Irrigas
De acordo com explicações da própria Embrapa, a leitura é realizada a partir da introdução da cuba dentro de um copo transparente com água.
Logo após seguir essa instrução, a água tende a ocupar o espaço no interior da cuba, forçando o nível a subir até se igualar com o nível da água no copo. Quando isso ocorre (nível da água subir), significa que o solo está seco. Caso contrário, se o nível não subir, mesmo mantendo a cuba imersa no copo por alguns segundos, implica o solo ainda está úmido e não há necessidade de irrigação naquele momento.
Quanto ao uso de dois aparelhos, conforme primeira imagem ilustrativa, note que um está fixado próximo a superfície e outro aprofundado, abaixo da raiz. O primeiro indica o momento de começar a irrigação enquanto o segundo vai definir a hora de parar, quando a leitura apontar solo úmido. A recomendação é que o agricultor faça a consulta dos aparelhos ao menos duas vezes ao dia.
Para saber informações mais detalhadas sobre o produto, inclusive como montar um na sua própria casa, recomendamos a leitura do Guia Prático para Uso do Irrigas® na Produção de Hortaliças.
5 Dicas de Irrigação Para as Plantas de Sua Casa ou Jardim
Cuidar das plantinhas de casa ou do jardim é um prazer e até mesmo uma “terapia” para muitas pessoas. No entanto, é preciso tomar certos cuidados no trato com elas no dia a dia, especialmente relacionados a irrigação, principalmente para você que não possui um sistema. Neste artigo trazemos 5 dicas para você regá-las da maneira correta e evitar problemas. Confira.
1. Frequência da Irrigação
Procure molhar suas plantas no máximo três ou quatro vezes na semana, intercalando os dias. Nos períodos de mais chuva, especialmente no verão, a frequência pode cair para uma ou duas sessões semanais apenas. Como há variações entre as diferentes plantas, o ideal é checar dia sim dia não e avaliar se há necessidade de rega ou não.
2. Qual o Melhor Horário do Dia Para Irrigar?
Os momentos mais apropriados do dia para irrigação são no início da manhã ou final da tarde (a partir das 16h). Como a temperatura normalmente está mais baixa nestes horários, haverá menos evaporação da água após molhar as plantas, que farão maior proveito da rega.
3. Usar Muita ou Pouca Água?
Use água em abundância, porém evite desperdícios e encharcamento. Este segundo caso suprime o ar da respiração das raízes para fora do solo, além de aumentar o aparecimento de fungos e doenças. Para isso, regue aos poucos, de forma que toda a região no entorno do caule fique úmida uniformemente.
4. Deixe as Folhas Secas
Molhar as folhas não é necessário, porém inevitável em alguns casos. Muitas doenças estão relacionadas a rega das folhas, seja pela período de umidade a noite ou pelo calor do sol durante o dia. Por isso seguir essa dica é fundamental para a saúde de suas plantas.
5. Cuidado com os Pratinhos
No caso dos pequenos vasos em que você deixa um pratinho embaixo para reter água, não se esqueça de retirar o excesso todos os dias em que irrigar, bem como coloque areia para absorver o líquido que escorre. Como você já deve saber, isso é fundamental para evitar a proliferação do mosquito da dengue!
Ministério Pretende Criar Selo Contra Corrupção no Agronegócio
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, informou que o governo pretende criar uma espécie de selo contra corrupção para o Agronegócio.
De acordo com ele, a medida faz parte da estratégia de criação de programas de compliance no setor. Este tipo de projeto visa recriar um conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para as atividades das instituições e / ou empresas.
Questionado sobre maiores detalhes, o representante do MAPA forneceu mais informações e afirmou que a ideia é lançar um Selo Agro+ de integridade, o qual atesta que os produtos e serviços oferecidos pelas empresas atendem de fato as exigências de qualidade, conformidade legal e também responsabilidade social.
Ainda conforme Novacki, para garantir a credibilidade do Selo haverá auditoria por instituições neutras, ou seja, nem públicas nem privadas. Para exemplificar ele, citou o Instituto Ethos, uma Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – cuja missão é mobilizar e auxiliar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável.
Por fim, o secretário-executivo esclareceu que, por meio do chamado Selo Anticorrupção, o Ministério da Agricultura poderá “rotular” de forma positiva as empresas dos mais variados ramos ligados ao agronegócio, legitimando a adoção de boas práticas por tais companhias.
As declarações foram concedidas na semana passada na cidade de São Paulo, durante evento realizado para entrega da resultado do Prêmio Carne Forte.
Fonte: infomoney
Fruticultura Irrigada Recebe Verba do Governo do RN
No início desta semana, mais precisamente na segunda-feira (08), o Governo do Estado do Rio Grande do Norte (RN) disponibilizou verba de R$ 1,6 milhão para dois projetos de fruticulutra irrigada no município de Mossoró: um da Associação Terra Prometida, no valor de R$ 740 mil, e o restante (R$ 948 mil) para COOAFAM – Cooperativa de Agricultores e Agricultoras Familiares de Mossoró.
Esse tipo de investimento do governo estadual na fruticultura com sistema de irrigação próprio faz parte de um projeto para a cidade que visa a criação de uma unidade de processamento de fruta que siga o perfil definido pelo Ministério da Agricultura para comercialização da polpa.
Vale destacar que o projeto também engloba, nas plantações tanto da Associação quanto na estrutura da COOAFAM, a construção de um galpão como uma espécie de depósito para a produção, carga e descarga, bem como um escritório e um restaurante para acomodação do pessoal do administrativo.
De acordo com declaração de Guilherme Moraes Saldanha, representante da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), essa medida do governo estadual visa estimular tanto o crescimento da cultura de frutíferas em si na região quanto o incentivo aos próprios produtores:
Com esses investimentos o Governo estimula o aumento da produção de frutas e auxilia os pequenos agricultores a comercializar mais seus produtos.
O Governo do Rio Grande do Norte esclareceu que os recursos da verba vieram de empréstimo com o Banco Mundial, obtido por meio do Programa Governo Cidadão, que garantiu o acordo. As duas instituições favorecidas, por sua vez, já firmaram o contrato de realização e acompanhamento do projeto junto a Cooperativa Terra Livre, instituição que será responsável pela execução de todo o trabalho planejado.
Mais informações sobre o assunto estão disponíveis nos portais do governo do RN e da SAPE na internet, nos links abaixo:
Mapa Define Meta Para Elevar 3% a Participação do Brasil no Agronegócio Mundial
O Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – estabeleceu uma meta em conjunto com o Ministério de Relações Exteriores para elevar em 3% a participação brasileira no Agronegócio mundial, pulando de 7% para 10%.
Com cerca de 400 milhões de hectares, sendo que parte desse território disponível ainda não é explorado, juntamente com novas tecnologias e mão de obra qualificada, o país tem potencial para atingir tal patamar nos próximos anos.
O planejamento dos ministérios para isso é chegar a representação em 42 países, bem como de duas entidades internacionais (Organização Mundial do Comércio e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), além da União Europeia.
O plano certamente deve aumentar ainda mais a representatividade no mercado externo do país que já é considerado um dos principais fornecedores de produtos agropecuários do planeta. Além disso, com certeza também terá um reflexo positivo no cenário nacional, aumentando ainda mais a participação do setor agrícola na população economicamente ativa do país, que hoje está na casa dos 30%.
Os principais produtos que já contribuem e que serão fundamentais para que o governo consiga cumprir com a meta definida são os grãos, seguidos da carne (especialmente a carne de frango) e também da soja, na qual o país detém a posição de segundo maior exportador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (EUA).
As informações desta publicação foram retiradas de matéria do site da Revista Exame Abril. Clique aqui para ver o texto fonte na íntegra.
Agrishow 2017 Movimentou Cerca de R$ 2,2 Bilhões Antes do Fechamento
Finalizada na última sexta-feira (05) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a Agrishow 2017 – considerada a maior feira de exposição do agronegócio da América Latina – já havia registrado movimentação de 204 bilhões de reais em negócios antes mesmo do término do último dia.
Comparada com o evento realizado no ano passado, esta que foi a 24ª edição teve como balanço parcial um aumento de 13%, o que sinaliza uma retomada do setor agrícola nacional, de acordo com os realizadores do evento.
Com base nos dados informados por representantes da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), o desempenho da feira em cada um dos setores foi o seguinte.
- Armazenagem: 11%
- Máquinas e implementos para grãos: 12%
- Equipamentos para pecuária: 11%
- Irrigação: 20%
- Outros: 19%
De acordo com declaração do presidente da Agrishow, Fábio Meirelles, durante a finalização da feira, a expectativa de aumento de 15% nas vendas de maquinário e implementos deveria se confirmar, elevando ainda mais os resultados positivos deste ano:
No ajustamento, possivelmente, vamos alcançar o que eu previ: quase R$ 2,3 bilhões. Isso quer dizer que a atividade agrícola está caminhando de mãos dadas com a evolução tecnológica (…).
Além destes números expressivos em relação as vendas, o evento também registrou outros dados interessantes que mostram a movimentação da economia local na casa de R$ 500 milhões em toda a semana, bem como gerou 25 mil empregos diretos e indiretos, entre organização da feira em si, hotelaria e serviços em geral.
E se a quantidade e o valor em negócios cresceram na Agrishow 2017, a participação do público não foi diferente. Nesta edição 159 mil pessoas visitaram a exposição ao longo dos 5 dias, 6% a mais que a quantidade total computada em 2016.
Na realização do ano que vem, que ainda não tem data definida e que a marca a 25ª Agrishow, haverá a publicação de um livro em comemoração a esta data histórica.
Fonte – Portal G1
Técnicos de SC Recebem Treinamento em Processo de Outorga de Água para Irrigação
Na última quarta-feira (03) a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) de Santa Catarina promoveu um treinamento sobre outorga de água para irrigação com técnicos responsáveis pelo processo.
O evento foi realizado na Epagri – Escritório Municipal de Araranguá – e teve como objetivo alinhar e esclarecer todos os passos e a burocracia necessários para solicitação da outorga (uma espécia de aprovação) de água para irrigação dos produtores.
Como este tipo de procedimento começou a ser adotado pela SDS neste ano de 2017, ainda há muitas dúvidas em relação a alguns pontos específicos, especialmente a documentação necessária a ser apresentada, os parâmetros de volume de água cabíveis para irrigação e ainda o cadastro de usuários de água da região.
Os 20 participantes do treinamento foram representantes de diversas instituições, como associações de irrigantes, fundações de meio ambiente, escritórios de planejamento e cooperativas, além de produtores e agricultores em geral.
O projeto consiste num piloto que está sendo desenvolvido nas bacias dos rios Manoel Alvesee do Araranguá, envolvendo produtores de algumas cidades da região, principalmente Morro Grande, Nova Veneza e parte de Meleiro.
A promoção da reunião foi uma solitação atendida pela prefeitura e feita pelo Comitê Araranguá e Afluentes Catarinenses do Mampituba, pela Associação Catarinense de Irrigação e pela Associação de Proteção das Águas do Rio Araranguá (AGUAR).
Apesar de inicialmente ser um projeto local, o planejamento é que o sistema de processo de outorga de água para irrigação seja implementado em todo o estado catarinense em 42 meses, a fim de garantir uso consciente e equilibrado do recurso a todos, tanto em quantidade quanto em qualidade, conforme declaração do gerente de Outorga e Controle de Recursos Hídricos da SDS:
A água é um bem público. Ninguém é dono dela, mas o Estado faz a sua gestão para garantir que todos consigam ter acesso de forma igualitária a esse bem tão precioso.
Fonte: engeplus.com.br
Saiba a Importância e Como Avaliar o Desempenho do Seu Aspersor
Quando se fala em irrigação a primeira premissa que se tem é a uniformidade da distribuição da água na área a ser irrigada. Um dos métodos mais difundidos é a aspersão, que é utilizado em irrigação de pastos, campos de grãos, hortaliças entre muitas outras culturas e utilidades.
Muitos fatores influenciam o desempenho de um sistema de irrigação por aspersão, sendo que o de maior relevância sem dúvida é o vento, que pode prejudicar o resultado do desenvolvimento da cultura quando atinge velocidades superiores a 2 m/s. Isso desencadeia um fenômeno chamado deriva, que nada mais é do que o arraste das gotas de água aspergidas pelo vento, provocando desuniformidade na distribuição da água. Inclusive uma maneira de se reduzir significativamente as perdas por deriva é evitar horários de maior pico de ventos durante a aspersão.
Para saber qual configuração do seu aspersor para uma determinada cultura deve-se, primeiramente, conhecer suas características de vazão, pressão e alcance. Também é necessário saber quais as dimensões de plantio e se o genótipo das plantas pode ou não interferir na trajetória dos aspersores.
Um mesmo aspersor pode ser utilizado em diversos espaçamentos, variando a lâmina aplicada, que pode-se ser apresentada em [mm/h] e o seu coeficiente de uniformidade CU apresentado em [%].
Exemplo de Análise de Desempenho de Aspersor
Neste exemplo utilizaremos o aspersor modelo AGU 427 bocal laranja da NAANDANJAIN (veja como adquirir o produto).
Para ajudar na análise usamos também um software chamado WINSPACE. Com dados fornecidos pela fabricante [do aspersor] o software pode gerar matrizes com valores das distribuições de água entre aspersores.
Dados de entrada:
Pressão de serviço: 20 [MCA] ou 2 [bar]
Espaçamento: para a primeira análise vamos usar 12 x 12 metros em quadrado.
Nesse exemplo foi usado um valor de espaçamento entre aspersores maior do que o recomendado para ver os efeitos dessa configuração no CU e na lâmina aplicada.
CU = 63 [%] Lâmina = 4,9 [mm/h]
Espaçamento: para uma segunda análise vamos continuar utilizando 12 x 12 metros, porém a posição dos aspersores está equilateral.
Mudando apenas a posição relativa entre uma linha de irrigação e outra, e mantendo os 12 x 12 metros, a lâmina continua a mesma tendo um ganho de uniformidade de 3 [%], que foi de 63% para 69% sem que houvesse a mudança de nenhum material.
CU = 69 [%] Lâmina = 4,9 [mm/h]
Para nova análise buscando uma melhora mais significativa do CU, foi utilizado o espaçamento entre os aspersores de 6 x 6 metros.
Dados de entrada:
Mantendo a pressão de entrada em 20 [MCA] ou 2 [bar].
Espaçamento: 6 x 6 na disposição quadrada, teremos:
A escolha do espaçamento entre os aspersores passa pela disposição de material no mercado. Espaçamentos entre os aspersores normalmente são múltiplos de 6 metros, pois as barras de PVC com engate rápido ou mesmo de solda (cola, ou ponta bolsa) são vendidos em barras com este comprimento.
CU = 90 [%] Lâmina = 14,4 [mm/h]
Para efeito de comparação, também foi feita no espaçamento 6 x 6 metros a disposição equilateral, registrando um ganho de 1%.
Avaliando as duas configurações, nota-se que temos algumas diferenças significativas com a redução do espaçamento entre aspersores, havendo um aumento exponencial da lâmina aplicada, o que significa um tempo menor de irrigação para aplicação da mesma quantidade de água. Outro ganho importante foi o CU, que passou dos 90% na disposição 6 x 6 equilateral, garantindo que toda a área receba a mesma quantidade de água.
Com esses dados em mão o próximo passo é calcular o manejo da irrigação, que também deve influenciar na escolha do aspersor e/ou da sua disposição de instalação. Isso porque solos com altos teores de argila possuem taxas de infiltração pequenas, não sendo recomendados lâminas altas por aumentam a possibilidade de escoamento superficial que ocasiona erosões e da perda de água.
Não são todos os fabricantes de aspersores que fornecem os dados para uma avaliação completa ou ao menos dados que possam ser confiáveis como os desta amostra. Sempre que possível procure avaliar o custo/benefício do aspersor considerando os gastos e a redução do consumo de água que uma tecnologia pode lhe proporcionar, além de uma melhora na distribuição, que acarretará em plantas e produtos mais uniformes.