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Saiba Como Combater a Broca-do-Olho-do-Coqueiro
Em artigo recente publicado aqui no Agroclique mostramos quais as principais características da broca-do-olho-dos-coqueiros ou broca-do-olho-das-palmeiras, uma das pragas que comprometem o desenvolvimento destas plantas. Nesta matéria iremos mostrar como combatê-las.
O uso de armadilhas é uma forma prática e eficiente no controle e vigilância da praga. A erradicação de plantas mortas, doentes, infestadas ou não por R. palmarum, junto às armadilhas feromônicas para o monitoramento, mesmo fora da época de pico populacional da praga, são medidas racionais a serem seguidas metodicamente.
As armadilhas, feitas de baldes plásticos, deverão conter feromônio pendurado internamente na tampa e toletes de cana ligeiramente macerados para a obtenção do odor de fermentação (figura).
Já armadilha tipo Pet é feita basicamente com três garrafas plásticas de refrigerante, sendo composta pelas seguintes partes:
- Parte A – funil, garrafa com o gargalo voltado para baixo.
- Parte B – câmara de captura, garrafa cortada a meio centímetro do final da parte afunilada.
- Parte C – garrafa da qual são retirados o fundo e a parte afunilada do gargalo e que serve para a fixação das partes A e B.
A parte C da armadilha é fixada na parte A com pedaços de arame e na parte B pela pressão das duas garrafas entre si, para facilitar a troca do atrativo (pedaços de cana-de-açúcar ou outro atrativo) e a coleta dos adultos.
Na armadilha devem ser feitos pequenos furos, tanto no fundo, para evitar acúmulo de água (parte B), qunato nas laterais (partes B e C), para facilitar a aeração no interior da câmara de captura e a difusão do odor dos atrativos para o exterior da armadilha.
Isca
No interior da câmara de captura são colocados toletes de cana-de-açúcar de aproximadamente 10 cm de comprimento e, pendurada no gargalo da garrafa (parte A) uma cápsula do feromônio de agregação de Rhynchophorus palmarum, tendo-se o cuidado de fazer, com uma agulha, um pequeno furo na tampa, para promover a liberação do produto.
A cana-de-açúcar tem sido considerada a principal fonte alimentar para ser utilizada nas armadilhas em combinação com feromônio. Outros materiais atrativos com poder de fermentação também poderão ser utilizados, a exemplo de mamão, inhame, mandioca, casca de coco verde e abacaxi.
Recomenda-se a coleta dos adultos capturados na armadilha Pet a cada 08 ou 15 dias, a depender da quantidade de insetos capturados na armadilha. Durante a vistoria os adultos devem ser eliminados.
Fonte: interactaquimica.com.br
Conheça as Características da Broca-do-Olho-do-Coqueiro (Palmeiras)
As palmeiras são de grande importância na cadeia alimentar, fornecendo folhas, flores e frutos à inúmeras espécies de aves e mamíferos. Destacam-se também pelos diversos produtos derivados, sendo fonte de alimentos, óleos e ceras de grande valor artesanal. Além disso, são muito utilizadas como plantas ornamentais em diversa regiões do Brasil.
A família Palmae (Arecaceae), predominante nas regiões tropicais, raramente ocorre em climas com temperaturas mais amenas e, muitas vezes, têm seu desenvolvimento comprometido devido à ação de diversas pragas que destroem suas folhas, caule (estipe), flores, frutos e sementes, bem como de afetam também o vigor e a beleza da planta.
Uma das principais e mais importantes pragas fitossanitárias e estéticas das palmeiras é a chamada broca-do-olho-das-palmeiras ou broca-do-olho-do-coqueiro, cientificamente denominada Rhynchophorus palmarum. Os adultos são besouros negro-aveludados, de grande tamanho, variando entre 46 a 50 mm de comprimento, com “bico” longo e levemente recurvado e antenas em forma de cotovelo. Os machos possuem cerdas rígidas, em forma de escova, na parte superior do bico, diferindo das fêmeas, nas quais o bico é liso e mais afilado. As posturas são efetuadas nas partes tenras das palmeiras (olho ou gema apical) ou em ferimentos pré-existentes, numa média de 250 ovos por fêmea.
A larva não possui pernas e é de tamanho bastante avantajado em sua fase final de crescimento, chegando aos 75 mm de comprimento, possuindo corpo robusto, branco-amarelado, com cabeça bem desenvolvida e de coloração alaranjada. Consomem os tecidos sadios fazendo galerias e deixando, no interior do estipe, uma coloração avermelhada característica devido provavelmente à ação de bactérias e fungos decompositores presentes nas fezes e restos de tecidos fermentados.
Os sintomas mais evidentes do ataque da praga são o amarelecimento e murcha de folhas (imagem), tombamento e morte da planta. Próximo à pupação, a larva constrói, dentro do estipe, um casulo feito com as fibras da planta hospedeira. A praga é um inseto de hábito diurno e pode ser encontrada em todas as fases de desenvolvimento durante todo o ano.
Seu ciclo de vida é relativamente longo. As larvas permanecem nas palmeiras mortas por um longo período, até a eclosão da fase adulta, desde que haja quantidade de alimento e umidade suficientes. As palmeiras mortas, estando tombadas ou eretas em seu lugar de cultivo ou exposição, devem ser queimadas e enterradas, evitando-se assim novos focos de criação.
Os odores de fermentação oriundos de exsudatos e ferimentos mecânicos pelo corte de folhas ou de estipes atraem insetos adultos e estes, sendo machos, liberam um feromônio (odor característico para cada espécie) de agregação, atraindo indivíduos de ambos os sexos para a planta hospedeira.
Famílias Utilizam Esgoto Doméstico Como Irrigação no Agreste do PE
Na cidade de Pesqueira (PE), a 215 km da capital Recife, região do agreste pernambucano, cerca de 150 famílias encontraram uma forma inusitada de solucionar o problema da seca e conseguir uma fonte de água para agricultura: o esgoto doméstico.
Isso mesmo. Em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), responsável pela implantação da tecnologia com os reatores e tanques instalados, essas pessoas tratam e reutilizam em torno de 3 mil litros por dia, suficiente para manter floridos os girassóis mesmo na épocas em que a estiagem atinge seu pico (foto).
Nesse processo a água do esgoto primeiramente é filtrada, perdendo assim grande parte dos resíduos sólidos. Na sequência, o líquido vai para os reatores onde ocorre o tratamento biológico e posterior decomposição de toda a matéria orgânica, completando o ciclo de tratamento que tem duração média de aproximadamente 5 dias.
De acordo com esclarecimento de um dos professores que integra o corpo discente e de pesquisadores do Departamento de Recursos Hídricos da UFRPE, o tratamento resulta numa “uma redução média de 70% da carga orgânica original”, além da diminuição dos patógenos, aqueles organismos que são capazes de causar doenças.
Segundo relatos das famílias e agricultores que estão utilizando a água de esgoto tratada para irrigação, não há necessidade sequer de acrescentar adubo, como é feito quando é usada água das chuvas.
Além do girassol, a água tratada do esgoto doméstico também é aproveitada nas plantações de milho, sorgo e capim na região.
As informações foram retiradas de matéria publicada em outubro do ano passado no Portal G1. Clique aqui para ver o texto base e o vídeo da reportagem na íntegra.
Sistema de Irrigação para Tomates em Vasos em Estufas
Sistemas de irrigação para tomates em vasos são necessariamente de baixa vazão com sistema de injeção de fertilizantes, já que toda a nutrição das plantas é aplicada via água da irrigação. Para podermos demonstrar um sistema simples para irrigação de tomates em vasos o dividimos em 5 partes:
- Vasos
- Emissores de irrigação
- Sistema de filtragem
- Sistema de injeção de fertilizantes
- Bombeamento
1. Vasos
O vaso de 8 litros tem se apresentado a escolha mais adequada, uma vez que permite um bom desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Existem diversos tipos de vasos, uns com paredes mais grossas e outros mais finos, mais parecidos com sacos de cultivo, se diferenciando pela sua vida útil, pois normalmente quanto os mais grossos são mais resistentes e, consecutivamente, mais caros.
Uma tecnologia nova que algum fornecedores desse material apresentaram são os vasos brancos ou com revestimento em branco, que prometem uma redução da temperatura interna, possibilitando um melhor desenvolvimento das raízes próximas a parede do vaso.
2. Emissores de Irrigação
Emissores da irrigação são também conhecidos como gotejadores e podem ter algumas formas e vazões diferentes, dependendo do fabricante. A vazão pode variar de 2 a 8 litros por hora por emissor, sendo que cada um pode atender de um a dois vasos. Em vasos de 8 litros recomenda-se botões gotejadores com saídas (sendo duas para cada vaso), promovendo uma melhor distribuição de água.
3. Sistema de Filtragem
Para irrigação em vasos com a utilização de botões gotejadores é indispensável o uso de algum tipo de filtro, que deve ser escolhido pela qualidade da água utilizada na irrigação. Os filtros mais comuns são o de disco ou tela e o filtro de areia, lembrando que cada um tem uma função de filtragem específica.
Os filtros de disco ou tela são usados para filtrar partículas em suspensão na água de irrigação e o tamanho da abertura da tela e disco para segurar as partículas que podem entupir os gotejadores, na ordem de 120 mesh.
Já os filtros de areia são utilizados para retenção de matéria orgânica presente na água de irrigação, não sendo recomendados para retenção de partículas em suspensão como areia, pedaços de folhas e outros materiais não solúveis.
4. Sistema de injeção de fertilizantes
No cultivo de tomates em vasos o uso de fertilizantes é indispensável, pois o substrato dos vasos é praticamente inerte e serve basicamente como sustentação da planta. Para fazer a injeção de adubos em uma linha de irrigação existem muitos sistemas disponíveis no mercado, que podem variar muito de valor (dos equipamentos), começando em poucos reais em um sistema de injeção direto, utilizando as próprias caixas d’água da irrigação para o preparo da solução e succionando a solução pela motobomba da irrigação, até sistemas inteligentes que monitoram e controlam a injeção de fertilizantes por volume e condutividade elétrica (EC). Sistemas complexos podem chegar a custar cerca de R$ 100.000,00 somente a parte de injeção de fertilizantes.
5. Bombeamento
O coração de um sistema de irrigação é o conjunto de bombeamento, no qual se concentra grande parte dos trabalhos, pois é nele que se programa os tempos de irrigação, pressão de funcionamento. Além disso, a filtragem e a fertirrigação também podem estar juntos ao sistema de bombeamento.
A maioria dos problemas e dificuldades de operação vem do sistema de bombeamento, pois este dependem de muitos equipamentos e variáveis. Problemas com a pressão podem ser causados por mudanças na ordem das fases de energia, provocados por uma manutenção externa ou interna mesmo, como em uma troca da bomba em sistemas trifásicos. Deve-se sempre conferir o lado em que a bomba está rodando, de forma que se estiver ao contrário do lado indicado deve-se inverter uma das três fases, caso contrário essa rotação invertida provocará uma queda da pressão do sistema.
Outro problema muito constante em manutenções nos conjuntos motobombas que provocam a queda da pressão é o entupimento do rotor da bomba por folhas, pedras, peixes e até mesmo cobras, nestes casos somente a abertura da bomba e a limpeza do rotor já será o suficiente para que o sistema retorne ao funcionamento correto.
Se ainda possuir alguma dúvida ou gostaria de desenvolver um projeto para cultivos de tomates em vasos, entre em contato aqui com nossa equipe técnica ou num dos canais abaixo que estaremos de prontidão para lhe atender.
Cultivo Protegido (Estufas) Não é Uma Opção, Mas Sim Uma Necessidade
A alguns anos o agricultor não consegue contar com a regularidade do clima. Chuvas em grandes quantidades em pequenos períodos e estiagens prolongadas, aliadas a falta de apoio técnico e financeiro, vêm prejudicando o agricultor brasileiro que não consegue se estabelecer no mercado com a produtividade e qualidade baixas. Nesse sentido, o cultivo protegido ou estufas representa uma alternativa e tem sido uma tendência sem volta para o mercado de verduras, legumes e flores.
Cultivos em ambientes fechados podem ser beneficiados por não serem influenciados pelo ambiente externo, possibilitando a implantação de culturas de hortaliças e flores em praticamente qualquer localidade do país. Além disso, o controle de pragas e doenças nesses sistemas protegidos é mais simples, pois as plantas normalmente são mais saudáveis e vigorosas por não sofrerem danos mecânicos provocados por ventos e chuvas, o que resulta em uma redução significativa no uso de defensivos.
No mercado brasileiro esse tipo de cultivo ainda é pouco utilizado. De acordo com informações do presidente do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla), o engenheiro agrônomo Antonio Bliska Júnior, cerca de 50% das estufas brasileiras estão localizadas no estado de São Paulo, com aproximadamente 11 mil hectares de área. Para se ter uma ideia, a China lidera o ranking mundial com mais de 3 milhões de hectares de estufas (tabela publicada em 2013).
fonte: https://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/mat_capa.pdf
Com a introdução do cultivo protegido, outros sistemas são necessários como irrigação, fertirrigação, sombreamentos e PadFun’s (sistemas específicos de resfriamento de estufa). Todos estes mecanismos demandam tecnologia e mão de obra qualificada para a operação, o que aumenta o custo de produção, além do valor de implantação da estrutura das estufas, que pode superar a casa dos 200,00 R$/m².
Apesar dos custos de implantação e operação superarem os do cultivo convencional, os produtos resultantes do cultivo protegido podem sair na frente no mercado. Entre os principais fatores para isso, podemos citar a maior qualidade e por serem produzidos em locais mais próximos dos centros consumidores, reduzindo custos de transportes e armazenamento, além de terem vida útil maior na mesa do consumidor, conquistando melhores preços de venda.
Agronegócio Registra Crescimento do PIB de Quase 4,5% em 2016
De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB – Produto Interno Bruto – do Agronegócio cresceu 4,48% no ano passado em relação a 2015.
Vale esclarecer que o dado é calculado com base no resultado do PIB de cada setor dentro do agronegócio (agrícola e agropecuário), que por sua vez envolvem segmentos, sendo que houve crescimento em todos eles, conforme detalhado a seguir:
- setor agrícola: + 5,77%
- setor pecuário: + 1,72%
- segmento primário: + 6,44%
- segmento de serviços: + 4,50%
- segmento de indústria: + 2,85%
Ainda segundo informações dos órgãos oficias (Cepea e CNA), as plantações que apresentaram maior crescimento no ano de 2016 e que contribuíram mais para o aumento do PIB no setor agrícola foram as de banana (52,09%), batata (10,34%), café (18,41%), cana-de-açúcar (18%), feijão (19,48%), laranja (42,47%), mandioca (112,53%), milho (17,14%), soja (1,95%) e trigo (26,90%).
Já em relação ao segmento primário da pecuária, de acordo com o relatório da Cepea, houve avanço significativo no patamar dos preços da atividade leiteira, assim como a avicultura manteve-se no positivo. O contrapeso, por outro lado, ficou por conta da bovinocultura, que pressionou o índice especialmente pela troca do consumo de proteínas mais caras pelas de menor custo.
O setor industrial também apresentou bom desempenho, impulsionado por atividades do setor sucroenergético, favorecidas principalmente pela elevação de preços do açúcar no mercado mundial.
Como já era previsto pelos especialistas, o agronegócio segurou a queda do PIB nacional em 2016, que registrou redução 3,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Globo Rural
Aprenda a Fazer Armadilha Para Controle de Mosca-das-frutas
Neste artigo mostraremos como fazer uma armadilha para controle de mosca-das-frutas, uma das principais pragas relacionadas a fruticultura em nosso país. Tal recurso é utilizado para controle da mosca em frutíferas como carambola, manga e goiaba, entre outras.
Materiais
Segue abaixo a lista de materiais necessários, lembrando que podem ser obtidos em mercados, lojas agropecuárias e comércio em geral.
- 1 garrafa tipo PET, preferencialmente transparente e com tampa;
- Canivete ou estilete;
- Funil;
- Rolo de arame;
- Inseticida a base de deltametrina.
Preparação do Líquido Atrativo
Há diversas formas de preparo das soluções para se usar como atrativo da mosca-da-fruta no interior da garrafa. A receita do líquido atrativo rende até três armadilhas.
Ingredientes Para preparo de 1000 ml de líquido atrativo:
- Suco de fruta natural;
- 5 a 6 ml de inseticida a base de deltametrina;
- O Suco de fruta utilizado em uma determinada árvore frutífera deverá ser de outro tipo de fruta, por exemplo:
Para combater mosca em Árvore de Manga, podemos utilizar suco de goiaba, laranja, acerola, pêssego etc. Ja para combatê-la em Árvore de Goiaba, podemos utilizar suco de laranja, manga, acerola, etc.
Modo de preparo: Coloque cerca de 300ml de solução atrativa no interior da garrafa e tampe-a de forma a evitar a entrada de água de chuva no recipiente, o que reduz o efeito da solução.
Manutenção: Descarte os insetos mortos e troque o líquido das garrafas a cada 15 dias. Lave o recipiente com água para eliminar os resíduos da solução antiga, adicione nova solução e monte novamente as armadilhas. Cada armadilha deve ser substituída a cada 4 meses, tornando-se mais atrativas aos insetos.
Montagem da Armadilha
Com os materiais em mãos e o líquido atrativo preparado, chegamos enfim a montagem da armadilha. Sigo os passos descritos abaixo.
- Com o canivete ou estilete, abra de três a quatro furos ou janelas na garrafa, local de entrada das moscas na armadilha.
- Mantenha a garrafa totalmente transparente (limpa) para evitar que a armadilha se torne menos atrativa para o inseto.
- Amarre uma ponta do arame na extremidade do gargalo da garrafa, a outra ponta será pendurada na copa da árvore frutífera, a uma altura de 1,5m a 2,0m do solo. A instalação deverá ser feita de preferência num galho sem grande exposição ao sol.
OBS: Os buracos feitos na garrafa servem de “porta” de entrada para os insetos, por isso não se deve realizar mais furos, a fim de evitar que a praga fuja da armadilha.
É importante coletar os frutos caídos, e enterrá-los, com uma cobertura mínima de 30 cm de terra, interrompendo o ciclo de reprodução dos insetos.
Principais partes de um Sistema de Irrigação Para Jardins e Gramados
Os jardins e gramados, a cada ano, apresentam novos detalhes e novas possibilidades em suas formas e variedades de plantas apresentadas pelos decoradores, profissionais e empresas especializadas. Com áreas tão complexas e grandes, o trabalho de manutenção tornou-se um serviço altamente especializado. A irrigação é um desses.
Os sistemas de irrigação devem ser robustos para suportar passagem de cortadores de gramas, pedestres e animais e eficientes para promover o máximo desempenho das plantas com o menor consumo de água possível. Assim sendo, a automação é parte indispensãvel no processo de melhora da eficiência da irrigação.
Pode-se dividir o sistema de irrigação de um jardim ou gramado em 5 partes: Aspersores, Válvulas de comando, sistemas de filtragem, Controlador e Conjunto de bombeamento.
1 – Aspersores
Os aspersores são a parte do sistema de irrigação que demanda mais tempo para sua seleção no projeto. São muitos modelos e variações de bocais que variam seu alcance e volume de água aplicada.
Os mais utilizados são rotores e sprays:
– Rotores
Os rotores são utilizados em áreas maiores com menos interferências de árvores e construções como gramados e campos de futebol e golf. Seu alcance pode variar entre 4,60 e 25,00 metros e seu jato único que gira que de 0 a 360° ajustáveis com vazões entre 0,12 a 8,00 m³/h. (Clique aqui e veja alguns rotores disposníveis)
– Sprays
Os Sprays são utilizados em áreas menores como recortes, cantos e áreas com muitas árvores, plantas arbustivas e pedras. Seu alcance varia entre 1 e 5 metros com um spray uniforme nos 360° , podendo ser ajustado para menos com alguns bocais específicos para setorização, reduzindo sua vazão para 0,15 a 1,21 m³/h. (Clique aqui e veja alguns Sprays disponíveis)
2 – Válvulas de comando
As válvulas dos sistemas de irrigação são os “registros” que abrem e fecham os setores e são utilizados para dividirem a área em partes convenientes ao projeto em relação à vazão, pressão e lâmina de água requerida pelas plantas. Seu sistema de abertura é feita normalmente por comando elétrico 24 Vac e abertura hidráulica. A abertura depende de uma pressão mínima de aproximadamente 5 m.c.a.
Problemas recorrentes são sujeiras que impedem o seu fechamento completo e apresentam vazamentos mesmo com o sistema desligado ou irrigando outra válvula. (Clique aqui e veja algumas válvulas disponíveis)
3 – Sistemas de filtragem
Filtros são imprescindíveis para qualquer sistema de irrigação, pois os emissores (Aspersores e gotejamento), cada vez mais, apresentam vazões menores devido a exigência de economia e eficiência. Os orifícios desses emissores são pequenos e não permitem que existam partículas em suspensão na água da irrigação que se acumulam na saída deles e acabam entupindo. Em muito modelos não há possibilidade de acesso para limpeza, inutilizando os equipamentos.
Malhas de 120 Mesh de filtragem atendem boa parte dos modelos de emissores. (Clique aqui e veja alguns filtros disponíveis)
4 – Controlador
O controle de um sistema de irrigação é o seu cérebro, que diz quando e onde a irrigação será feita. Controladores mais elaborados podem ter mais algumas funções como sensores de chuva, umidade do solo, intensidade de vento e controle de retrolavagem para filtros. Controles como esses podem reduzir a mão de obra de controle, podendo uma pessoa gerenciar grandes áreas com precisão. (Clique aqui e veja alguns controladores disponíveis)
5 – Conjunto de bombeamento
O conjunto motobomba pode ser comparado ao coração do sistema, pressurizando as linhas de irrigação e permitindo que as aspersores funcionem com pressões e vazões adequadas. A motobomba é ligada ao controlador através de um painel de comando e proteção, responsável por dar partida na bomba. (Clique aqui e veja algumas bombas disponíveis)
Compreenda a Produção Orgânica, Certificação e Cuidados
Além da garantia da qualidade do produto ou serviço prestado ao consumidor, a certificação é de suma importância na regulamentação dos processos e tecnologias de produção, necessárias para credibilidade dos produtos e dos produtores no comércio, assim como manutenção de padrões do movimento orgânico.
Para comercializar produtos como orgânicos no Brasil não basta o produtor utilizar técnicas de manejo orgânico, é preciso fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Essa inscrição é possível se o produtor estiver certificado por um dos mecanismos a descritos a seguir:
- Obter certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, ou;
- Organizar-se em grupo e cadastrar-se junto ao MAPA para realizar a venda direta sem certificação.
O produto certificado pode ser comercializado em feiras livrer (diretamente para o consumidor), supermercados, restaurantes, indústrias, hotéis e via internet, entre outros canais.
Sem a certificação, no entanto, o produtor pode se cadastrar apenas para venda direta, ou seja, somente em feiras livres (direto ao consumidor) e para compras do governo (merenda escolar e CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento).
Como saber se o produto é orgânico?
Selo de Certificação Orgânica.[/caption]O produtor sem certificação deve portar e apresentar, sempre que solicitado pelo consumidor ou pela fiscalização, o documento de Declaração de Cadastro, que demonstra que ele está inscrito junto ao MAPA e que participa de um grupo que se responsabiliza por ele. Desta forma, somente o produtor, alguém de sua família ou de seu grupo poderá estar na barraca da feirinha, comercializando o produto.
Os produtos, nacionais ou estrangeiros, comercializados em mercados, supermercados e lojas, devem possuir o selo federal do SisOrg no rótulo. No caso da comercialização a granel, o mesmo deve estar identificado por meio de cartazes, etiquetas ou outro meio.
Quando um produto sem selo for exposto à venda, se no rótulo contém a informação “orgânico”, o produto será apreendido e a loja será advertida por escrito sobre os cuidados a serem tomados.
Caso o produto sem selo estiver na embalagem original, o responsável será o produtor, e o mesmo será autuado e até multado. Já se o produto estiver em outra embalagem, como a da loja, ou o for comercializado a granel, tanto o produtor como o responsável pelo local de comercialização responderão pela irregularidade.
Como regularizar?
A certificação pode ser obtida pela contração de uma Certificadora por Auditoria ou se ligando a um Sistema Participativo de Garantia – SPG, que deverá estar sob certificação de um Organismo Participativo de Avaliação da Qualidade Orgânica – OPAC.
A Certificadora por Auditoria fará visitas de inspeção inicial e periódicas e o produtor deverá manter obrigações perante o MAPA e a certificadora. Em caso de descumprimento das obrigações a certificadora retira o certificado e informa ao MAPA.
No caso da certificação por OPAC, o produtor participa ativamente do grupo que está ligado, comparecendo a reuniões periódicas e o próprio grupo garante a qualidade orgânica de seus produtos, de forma que todos tomam conta e respondem juntos. Em caso de fraude e/ou irregularidades, se o produtor não as corrigir, o grupo deve excluí-lo, cancelar seu certificado e informar ao MAPA.
Caso o interesse seja apenas pela venda direta ou institucional, os produtores podem formar uma Organização de Controle Social – OCS.
Cuidados do comerciante na aquisição de produtos verdadeiramente orgânicos
Os comerciantes que desejam comercializar produtos verdadeiramente orgânicos devem tomar cuidados, como por exemplo exigir que os rótulos dos produtos contenham o selo federal do SisOrg. No caso de produtos não embalados, como legumes e verduras, o comerciante deverá solicitar cópia do Certificado Orgânico do Produto junto com o documento e Declaração de Transação Comercial, que pode ser emitida pelo produtor como pela certificadora.
O comprador deve, também, consultar o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, no site do MAPA.
Para mais informações, inclusive a leitura de normas relacionadas, recomendamos acesso ao Portal da Agricultura do governo federal.
Conheça os dois Tipos de Sistemas de Filtragem para Gotejamento
Devido aos emissores que possuem pequenas passagens que controlam o fluxo de água, os sistemas de irrigação por gotejamento devem ser, necessariamente, de baixa vazão. Na grande maioria, as vazões variam de 0,4 L/h até 2,0 L/h e são divididas ainda em autocompensantes, anti drenantes e anti sifão.
Em todos os modelos, os fabricantes recomendam o uso de sistemas de filtragem que variam de 150 mesh a 120 mesh (0,125 mm). Essa medida dos elementos filtrantes (mesh) indica o número de aberturas em uma linha de 1 polegada em uma tela.
Podemos dividir os sistemas de filtragem para gotejamento em dois tipos. Veja a descrição de cada um deles:
Filtros de Disco ou Tela
Filtros de disco ou tela têm a mesma função e promovem o mesmo tipo de filtragem, que é a retenção de partículas em suspensão. Assim sendo, não são recomendados para retenção de matéria orgânica devido a baixa eficiência. A grande diferença entre os filtros de Disco e de Tela é o intervalo entre as limpezas necessárias. Como a área de filtragem muito superior, o filtro de disco promove um tempo maior de intervalo de limpeza.
Filtros de Areia
Filtros de areia são indicados para retenção de matéria orgânica presente na água e não para partículas em suspensão. Por isso, onde existirem filtros de areia haverá, na sequência do sistema, um conjunto de filtro de disco ou tela. Vale ressaltar que o elemento filtrante (areia) não pode ser uma areia convencional utilizada na construção civil, pois seus os grãos são de seixo rolado e resultam em baixa eficiência na retenção de matéria orgânica. A areia adequada para ser utilizada como elemento filtrante possui grãos arestados, que apresentam maior área de contato. Outro detalhe importante é que os filtros de areia demoram algumas semanas para começarem a ser eficientes, pois dependem da cobertura de uma película biológica ao redor de cada grão de areia que, futuramente, reterá a matéria orgânica presente na água.
O intervalo de manutenção dos filtros podem variar de acordo com a qualidade da água. Recomenda-se a limpeza dos filtros de discos sempre ao final de cada ciclo de irrigação, sendo que há casos em que os filtros se apresentam isentos de impurezas após o ciclo de irrigação, permitindo aumentar seu intervalo de limpeza. O recomendado é procurar este “intervalo ideal” e adotá-lo como regra, como a limpeza a cada 3 dias, por exemplo.
Com o passar do tempo há formação de incrustações, que podem ser removidas, deixando os elementos de discos imersos em uma solução de ácido fosfórico na concentração de 10% por 24 horas. Após esse período é necessário lavar os elementos de discos em água corrente.
A manutenção dos filtros de areia consiste, basicamente, em realizar um processo de inversão de fluxo mais conhecido como retro lavagem. Recomenda-se a limpeza dos filtros de areia sempre ao final de cada ciclo de irrigação, assim como nos filtros de discos. Esse processo deve se repetir diariamente, sempre que houver irrigação. A substituição do elemento filtrante – areia – deve ser realizada regularmente a cada período de 06 (seis) meses, quando de sua utilização constante.
Durante a troca do elemento filtrante deve-se observar alguns detalhes, como a substituição das crepinas, pois as mesmas podem estar ressecadas e até quebradas, permitindo a passagem de grãos de areia para o sistema de irrigação. Outro detalhe importante é a verificação do nível de areia orientado pelo fabricante, não sendo recomendado o preenchimento de todo o volume do reservatório de areia, pois poderá comprometer a capacidade de limpeza do conjunto quando realizado o procedimento de inversão de fluxo ou retro lavagem. Esse processo necessita de um determinado volume livre no interior do reservatório de areia para poder fluidizar a areia, permitindo uma adequada limpeza do elemento filtrante durante o processo de retrolavagem.