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Famílias Utilizam Esgoto Doméstico Como Irrigação no Agreste do PE
Na cidade de Pesqueira (PE), a 215 km da capital Recife, região do agreste pernambucano, cerca de 150 famílias encontraram uma forma inusitada de solucionar o problema da seca e conseguir uma fonte de água para agricultura: o esgoto doméstico.
Isso mesmo. Em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), responsável pela implantação da tecnologia com os reatores e tanques instalados, essas pessoas tratam e reutilizam em torno de 3 mil litros por dia, suficiente para manter floridos os girassóis mesmo na épocas em que a estiagem atinge seu pico (foto).
Nesse processo a água do esgoto primeiramente é filtrada, perdendo assim grande parte dos resíduos sólidos. Na sequência, o líquido vai para os reatores onde ocorre o tratamento biológico e posterior decomposição de toda a matéria orgânica, completando o ciclo de tratamento que tem duração média de aproximadamente 5 dias.
De acordo com esclarecimento de um dos professores que integra o corpo discente e de pesquisadores do Departamento de Recursos Hídricos da UFRPE, o tratamento resulta numa “uma redução média de 70% da carga orgânica original”, além da diminuição dos patógenos, aqueles organismos que são capazes de causar doenças.
Segundo relatos das famílias e agricultores que estão utilizando a água de esgoto tratada para irrigação, não há necessidade sequer de acrescentar adubo, como é feito quando é usada água das chuvas.
Além do girassol, a água tratada do esgoto doméstico também é aproveitada nas plantações de milho, sorgo e capim na região.
As informações foram retiradas de matéria publicada em outubro do ano passado no Portal G1. Clique aqui para ver o texto base e o vídeo da reportagem na íntegra.
Falta de Chuva Castiga Canaviais na Zona da Mata de Pernambuco
A seca, que atinge Pernambuco e que tornou as chuvas raras na região desde junho de 2016, vem castigando a plantação de cana na Zona da Mata do estado.
De acordo com depoimentos de alguns produtores, que afirmam que a estiagem é a pior dos últimos 20 anos, a perda nas plantações pode chegar à 70%. E como consequência, diversos canavieiros já foram dispensados dos serviços. Além disso, outros trabalhadores ligados a cadeia de produção de derivados de cana da região também se mostram bastante preocupados.
De acordo com Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), as cidades mais atingidas pela estiagem foram: Nazaré da Mata, Glória do Goitá, Tracunhaém e Lagoa de Itaenga. Veja o que disse Alexandre Andrade, presidente da AFCP:
As chuvas foram mal distribuídas e o pessoal precisa ser demitido antes do tempo. O trabalho na entressafra já tem um volume menor e, com essa estiagem, o pessoal que trabalha no campo está sendo demitido antes do tempo.
Infelizmente, as previsões de chuva para os meses vindouros não animam. No mês de março, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) publicou um prognóstico que prevê que, entre os meses de abril e junho deste ano, as chuvas na região continuarão escassas. De acordo com o relatório, o índice pluviométrico será abaixo da média climatológica.
Para se ter uma ideia do tamanho das perdas na produção de cana no estado, a safra 2015/2016 resultou no corte de 11,6 toneladas, a pior nas duas últimas décadas. E para a próxima safra (2016/2017), as expectativas também não são nada animadoras.
Irrigação pode ser a salvação
Para Alexandre Almeida, a irrigação das plantações de cana da região representa solução para evitar perdas ainda maiores. Entretanto, ainda segundo Alexandre, tal saída esbarra no alto investimento necessário e, além disso, não garante o corte de plantas saudáveis.
As plantas que estão conseguindo se desenvolver não têm tanto potencial quanto aquelas que receberam irrigação desde a fase da socaria. A irregularidade das chuvas acaba diminuindo a capacidade de extração
garantiu o presidente da AFCP.
Fonte: G1
Agronegócio Registra Crescimento do PIB de Quase 4,5% em 2016
De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB – Produto Interno Bruto – do Agronegócio cresceu 4,48% no ano passado em relação a 2015.
Vale esclarecer que o dado é calculado com base no resultado do PIB de cada setor dentro do agronegócio (agrícola e agropecuário), que por sua vez envolvem segmentos, sendo que houve crescimento em todos eles, conforme detalhado a seguir:
- setor agrícola: + 5,77%
- setor pecuário: + 1,72%
- segmento primário: + 6,44%
- segmento de serviços: + 4,50%
- segmento de indústria: + 2,85%
Ainda segundo informações dos órgãos oficias (Cepea e CNA), as plantações que apresentaram maior crescimento no ano de 2016 e que contribuíram mais para o aumento do PIB no setor agrícola foram as de banana (52,09%), batata (10,34%), café (18,41%), cana-de-açúcar (18%), feijão (19,48%), laranja (42,47%), mandioca (112,53%), milho (17,14%), soja (1,95%) e trigo (26,90%).
Já em relação ao segmento primário da pecuária, de acordo com o relatório da Cepea, houve avanço significativo no patamar dos preços da atividade leiteira, assim como a avicultura manteve-se no positivo. O contrapeso, por outro lado, ficou por conta da bovinocultura, que pressionou o índice especialmente pela troca do consumo de proteínas mais caras pelas de menor custo.
O setor industrial também apresentou bom desempenho, impulsionado por atividades do setor sucroenergético, favorecidas principalmente pela elevação de preços do açúcar no mercado mundial.
Como já era previsto pelos especialistas, o agronegócio segurou a queda do PIB nacional em 2016, que registrou redução 3,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Globo Rural
Para o jornal NYT, operação “Carne Fraca” levanta dúvidas sobre agronegócio brasileiro
Um dos jornais mais importantes do mundo, o norte americano New York Times (NYT), ao se referir a operação da policia federal brasileira, que investiga 30 empresas do ramo de alimentos e que ficou conhecida como “carne fraca”, não se limitou à questionar a confiabilidade da exportação de carnes, estendendo as dúvidas para todo o agronegócio do Brasil.
Após mencionar a operação que investiga gigantes brasileiras, como BRF e JBS (duas das maiores exportadoras de carnes do mundo), acusadas de alteração de data de validades de carnes estragadas e utilização de produtos químicos para mascarar o mau cheiro e podridão, a reportagem mencionou as possíveis repercussões em todo o setor do agronegócio. De acordo com o jornal , o escândalo “lança dúvidas sobre a indústria do agronegócio no Brasil, um pilar relativamente firme da fraca economia do país”.
O NYT vai mais adiante, afirmando que a operação deflagrada na ultima sexta-feira, dia 17 de março, representa mais um “golpe” na economia do Brasil, que tem “lutado para se recuperar de escândalos colossais na Petrobras, a companhia nacional do petróleo, e na Odebrecht, uma construtora gigante.”
Nesta segunda-feira, dia 20, o presidente Michel Temer saiu em defesa da fiscalização brasileira. De acordo com Temer, o agronegócio no Brasil não pode ser desvalorizado por um “pequeno núcleo” e por uma “coisa que será menor”.
O agronegócio para nós no Brasil é uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo, uma coisa que será menor, apurável, fiscalizável, punível, se for o caso, mas não pode comprometer todo o sistema que nós montamos ao longo dos anos.
afirmou o presidente brasileiro.
Apesar da fala de Temer e de diversas reuniões realizadas com embaixadores de países que importam carnes do Brasil, a União Europeia já anunciou que proibirá a importação de produtos de todas as empresas investigadas na operação. Além disso, China, Coreia do Sul e Chile também anunciaram restrições temporárias a diversos produtos brasileiros.