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7 Meses Após Carne Fraca, Países Ainda Bloqueiam Importação Nacional
Com início em 17 de março de 2017, a chamada “Carne Fraca” foi uma operação deflagrada pela Polícia Federal que apontou que grandes empresas exportadoras de carne – como JBS e Brasil Foods (BRF) – foram acusadas de adulterar a carne que vendiam no mercado interno e externo. No total foram envolvidas mais de 30 empresas acusadas de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos supostamente cancerígenos.
Passados 7 meses da operação, muita coisa mudou e alguns países bloquearam completamente a importação de carne fresca nacional. De lá pra cá, no entanto, apenas 5 nações seguem com seu mercado fechado para a carne exportada por estas companhias brasileiras: Argélia, Congo, Santa Lúcia, Zimbábue e Trindade e Tobago.
De acordo com as informações oficiais, fornecidas pela base de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além desses citados há ainda outros 21 países que suspenderam a importação da carne nacional e depois reabriram seus respectivos mercados. São eles: Albânia, Angola, Bahamas, Barbados, Belize, Benin, Chile, China, Dominica, Gabão, Granada, Iemen, Irã, Iraque, Jamaica, México, Moçambique, Panamá, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas e, por fim, o Suriname.
Na lista do MAPA também constam 40 países que não chegaram a cortar definitivamente as importações mas exigiram medidas como a suspensão parcial ou reforçaram os procedimentos de inspeção, a exemplo dos Estados Unidos, maior comprador da carne fresca do Brasil (veja a matéria).
Já outras 11 nações, entre elas Austrália, Haiti, Israel e Hong Kong, não deixaram de confiar nem de importar os produtos das empresas envolvidas na carne fraca em nenhum momento, mesmo logo após o escândalo.
Por meio de sua Plataforma Agrostat, que compila estatísticas do comércio exterior ligadas ao Agronegócio do Brasil, o MAPA ainda revelou 28,2% de queda nas exportações de carnes, uma vez que neste ano o registro foi de 2,8 milhões de toneladas em comparação com o mesmo período de 2016, quando foram comercializadas 3,9 milhões de toneladas.
Agência Suspende Água Para Irrigação em Brazlândia (DF)
A Adasa – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (DF) – suspendeu a captação de água para irrigação no córrego Barrocão, na cidade de Brazlândia, que fica aproximadamente a 45 Km de Brasília, por conta da profunda crise hídrica da região.
Conforme esclarecido pela Agência Reguladora, a prioridade será dada exclusivamente ao abastecimento da população local, sendo que os pequenos agricultores já foram notificados da cessão da captação de água para uso na produção agrícola no último domingo (22).
Após o anúncio, uma equipe de fiscalização da Adasa já iniciou os trabalhos por meio de visitas nas propriedades dos produtores a partir desta segunda-feira (23), para verificar se estão de fato cumprindo a determinação do órgão. As visitas irão se estender por toda a semana, sendo que não foi informado se haverá multa aos agricultores que não cumprirem a definição e nem qual será essa penalidade, em caso afirmativo.
Vale mencionar que, antes da anunciar a medida, ainda na semana passada, outra importante decisão já havia sido tomada no sentido de proporcionar o racionamento de água na região: a suspensão temporária da captação superficial em dias pares nos córregos Chapadinha, Olaria, Capão Comprido, Rodeador e Ribeirão das Pedras, todos afluentes do Rio Descoberto.
Além disso, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) também tinha comunicado que faria um rodízio em caráter emergencial no abastecimento de água humano em Brazlândia por conta da impossibilidade de captação de água do Barrocão.
De acordo com a assessoria de comunicação social da Adasa e nota publicada pela Caesb, a expectativa é que com a providência da suspensão da captação de água para irrigação o córrego recupere em alguns dias um nível mínimo, possibilitando o retorno do fornecimento “em breve”.
As informações são de matéria postada no site Correio Braziliense. Clique aqui para ler a notícia na íntegra.
BB Planeja Investir R$ 3,5 Bi no Agronegócio de Rondônia
De acordo com publicação do Departamento de Comunicação Social (DECOM) da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, o Banco do Brasil (BB) deve investir um montante de R$ 3,5 bilhões que serão destinados ao agronegócio e toda a sua cadeia nesta unidade federativa.
Vale mencionar que isso representa mais da metade do valor de 6,5 bilhões de reais que o BB possui para investimentos direcionados a RO, sendo que, da quantia destinada ao agronegócio, serão contemplados setores como a criação de gado e a piscicultura, além da produção de café e de outras culturas.
Ao destacar o setor produtivo e a economia do estado em crescimento, o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho, afirma que o equilíbrio entre economia e política também figura entre os principais fatores para resultar num momento oportuno para financiamento dos produtores de Rondônia:
Esse número mostra o quanto nosso setor produtivo é forte e consolidado. Estamos vendo nossos produtores motivados, apostando na produção e trabalhando cada vez mais, para que Rondônia continue crescendo. É ainda justo observarmos que a estabilidade política, a harmonia entre os poderes e instituições, têm colaborado para um ambiente econômico favorável.
A matéria da DECOM ainda reforça que, assim como ocorre em todo o país, o setor produtivo é o principal alavancador da economia de RO e que os investimentos no agronegócio do estado, não só captados pelo Banco do Brasil, mas em geral, crescem a cada ano e num ritmo superior ao regional ou até mesmo nacional.
Por fim, o gerente de Relacionamento do Governo do Estado, Ronnie Leal Gomes, alertou que outro fator deve contribuir para que mais agricultores sejam beneficiados por empréstimo e financiamento do BB: a chamada regularização fundiária das propriedades, uma vez que muitos produtores ainda não conseguem ter acesso ao crédito por falta de documentação nas lavouras.
Veja a matéria completa aqui.
Cogerh Prepara Adutora de Abastecimento e Irrigação no CE
A Cogerh – Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – do Governo do Estado do Ceará (CE) está em fase de conclusão da obra da adutora que levará água do Açude Orós para o município de Icó e mais 11 distritos da unidade federativa: Guassussê, Pedregulho, Aroeira, São Romão, Água Fria, Estreito, Cascudo, Cabeça de Nêgo, Igarói, Pai Antônio e Lima Campos.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), após finalizada a construção a adutora deve garantir o abastecimento de aproximadamente 55 mil pessoas dos locais mencionados, além de fornecer água para irrigação em plantações de pequenos agricultores do Perímetro Icó-Lima Campos, para com lotes de até quatro hectares.
Ainda conforme divulgado pela SRH, o projeto que inicialmente teria custo de 1,5 milhão de reais deve ser entregue por apenas cerca de R$ 300 mil. Essa grande redução no valor final se deve especialmente ao corte de custos através do uso de matéria-prima reutilizada e mão-de-obra barata, conforme declarou João Lúcio Farias, presidente da Cogerh:
Além de ser fruto da negociação travada durante a reunião que decidiu como as águas que nos restam seriam utilizadas, está sendo realizada a custos mínimos, já que estamos empregando materiais reaproveitados e mão de obra da casa.
Dados Técnicos da Obra
A tubulação utilizada possui 400mm de diâmetro é remanescente da obra de outra adutora, a de Crateús (também no Ceará), além de bombas e flutuante já pertencentes ao estoque da Cogerh. Como é possível notar na imagem, são três tubos de igual diâmetro dispostos em paralelo e com capacidade para aduzir um fluxo de 800 litros de água por segundo.
Com relação ao bombeamento, o sistema conta com duas bombas que têm capacidade de sugar um fluxo que gira em torno de 400 litros por segundo cada uma. Toda a instalação elétrica das bombas também será entregue ao término da obra.
Confira a reportagem completa no Portal do Governo do Estado do Ceará na internet.
De Olho na Monsanto, Bayer Vende Unidade de Agronegócio Para Basf
No último dia 13 de outubro a Basf, companhia química alemã global e líder mundial no setor, assinou um acordo para compra de parte importante da operação de agronegócios da Bayer, outra grande empresa farmacêutica e química alemã.
De acordo com informações do presidente do conselho administrativo da própria Bayern, Werner Baumann, a venda para a Basf faz parte de uma estratégia para concluir a aquisição da Monsanto – gigante multinacional americana de biotecnologia e agricultura – junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade):
Estamos adotando uma abordagem ativa para lidar com potenciais preocupações regulatórias com o objetivo de facilitar o fechamento bem sucedido da operação com a Monsanto.
Se aprovada, uma vez que também está sob regulação do Cade, a venda da divisão da Crop Science da Bayern para a Basf será no valor 5,9 bilhões de euros, o equivalente a um montante que supera a casa de 22 bilhões de reais.
Para a adquirente (Basf), o contrato prevê a inclusão dos seguintes negócios: mundia de glufosinato de amônio; um tecnologia específica para tolerância de herbicidas; sementes de culturas de campo e estruturas de pesquisa e desenvolvimento; bem como o controle global de sementes de algodão e das divisões europeia / americana de sementes de canola e soja.
Já para a Bayer existe a garantia de que todos os cargos de funcionários dos Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Canadá e Brasil serão mantidos em condições semelhantes as atuais (como funcionários da Basf) pelo período mínimo de três anos após a data oficial de fechamento do acordo de aquisição. Vale mencionar que a transação Bayer – Basf também está sujeita a aprovação regulatória, em quanto a expectativa é que a operação Monsanto – Bayer seja concluída em janeiro de 2018.
Dados oficiais revelaram que, do faturamento anual aproximado de 10 bilhões reais da Bayer do Brasil, 70% é oriundo da Crop Science, divisão envolvida na operação.
Fonte: Valor Econômico
Agronegócio do MT Atinge Produção Recorde em 2017
Conforme informações levantadas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o Agronegócio do Mato Grosso (MT) atingiu produção recorde neste ano de 2017, gerando VBP – Valor Bruto da Produção Agropecuária – total de 63,47 bilhões de reais neste ano, maior desde a série histórica desde 2010.
O resultado do estudo, divulgado nesta segunda-feira (09), mostram que a agricultura e floresta são responsáveis por 77,5% deste valor, enquanto os 22,5% restantes provêm da pecuária. O carro chefe para este ótimo desempenho até o momento foi a ótima safra de soja, milho e algodão, juntamente com a elevação no abate de bovinos nos últimos meses.
Se comparadas ao mesmo período do ano de 2016, as exportações do MT neste ano subiram 34%, sendo o agronegócio disparado o maior setor responsável por este dado. Esse desempenho trouxe inclusive reflexo no estoque de empregos formais na unidade federativa, que registrou uma leve alta de 0,2%.
Já na agropecuária quem puxou o resultado para cima foi a bovinocultura de corte, que apresentou recuperação nos seus valores e também no volume de abate, elevando seu VBP em 11,5% em relação a 2016. O maior crescimento neste ramo se deu principalmente na quarta e última estimativa apontada pelo IMEA, na qual o crescimento anotado foi de 7,9%.
Com o bom desempenho tanto na agricultura quanto na pecuária, o avanço do agronegócio do MT até este momento de 2017 em comparação com igual período do ano passado é de 12,9%, mostrando um caminho de otimismo para a economia total do estado, uma vez que é fortemente influenciada pela agropecuária.
Vale mencionar, no entanto, que apesar de estar em pleno crescimento, o sinal de alerta no agronegócio mato-grossense foi ligado para um fator: a lucratividade. De acordo com a conclusão da pesquisa, este indicador de eficiência operacional caiu 80,7% em média no comparativo com o ano anterior, o que em outras palavras significa que a margem de lucro dos produtores continua apertada.
Fonte: Agro Olhar
CNA e Netafim Farão Seminário de Irrigação Por Gotejamento em Brasília
A CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e a empresa israelense Netafim, especializada em irrigação, promoverão m Seminário sobre a técnica de irrigação por gotejamento em Brasília, no dia 26 de outubro.
Com o título “Discutindo a Irrigação Localizada“, o evento acontecerá na sede da CNA (SGAN Quadra 601, Módulo K) entre 8h30min e 13h, tendo como propósito principal discutir e mostrar aos agricultores da região os avanços tecnológicos e vantagens da técnica em nosso país.
Neste tipo de sistema de irrigação a eficiência gira em torno de 95%. A título de comparação, na irrigação por inundação, por exemplo, somente cerca de 45% da água utilizada chega de fato para a planta. Além da redução do gasto de água na casa de 60%, o uso do gotejamento ainda aumenta a produtividade em diversas culturas.
No entanto, apesar de sua incontestável viabilidade, ainda há muitas dúvidas e falta de informação a respeito do manejo / aplicação deste mecanismo de irrigação, o que faz com que muitos produtores deixem de utilizá-lo ou experimentá-lo em suas lavouras.
Essa eficiência do gotejo somada a crise hídrica e forte estiagem que muitas regiões brasileiras estão passando, o que inviabiliza certas produções sem um sistema específico de irrigação, foram os principais fatores que motivaram a organização da apresentação da CNA e da Netafim.
O evento terá a participação de técnicos especializados e também trará relato de agricultores que apostaram na irrigação por gotejamento e que estão tendo ótimos resultados. Além disso, haverá também um ciclo de palestras sobre o tema:
- Utilização Racional de Água na Agricultura Irrigada
- Princípios de Irrigação Localizada e suas Principais Aplicações
- Avanços Tecnológicos da Irrigação Localizada
De acordo com os organizadores, ao final do Seminário será dedicada uma seção na qual será formada uma mesa redonda para retirada de dúvidas e um debate com exposição de ideias e opiniões sobre sistemas de irrigação por gotejamento.
Quem quiser participar do encontro poderá tirar dúvidas e solicitar informações a respeito da inscrição por meio do telefone de atendimento (61) 2109-1400.
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Ruralistas e Governo Negociam MP Para Arrendar Terras Indígenas
A bancada ruralista negocia com o governo o lançamento de uma Medida Provisória (MP) que libere a plantação agrícola em terras indígenas, fato que é proibido por Lei conforme a constituição brasileira.
De acordo com matéria publicada no Estadão que elucida o assunto, a pressão dos líderes ruralistas acontece no momento ótimo para início da plantação. Ocorre que, como a questão jurídica afirma que não é possível fazer o procedimento administrativamente através de uma portaria, seria necessário um projeto de Lei ou a MP. Como a primeira opção pode levar muito tempo, os ruralistas pressionam o governo para a publicação da MP.
Ainda segundo a fonte deste texto, alguns dos líderes da bancada afirmaram que o presidente Michel Temer se comprometeu a entregar, já na próxima segunda-feira (09), o documento da medida provisória que permite a exploração das áreas indígenas pelos produtores.
O governo, por sua vez, rebateu liberando comunicado oficial que, por meio da Secretaria de Comunicação da Presidência, declara que o presidente da república não prometeu publicar a medida provisória:
Não é verdade que o governo esteja preparando a publicação de uma Medida Provisória que liberará o arrendamento de terras indígenas. O presidente Michel Temer não prometeu nada a respeito, apenas tomou conhecimento do assunto durante audiência com parlamentares nesta terça-feira (03).
Os políticos ruralistas informaram ao Estadão que o arrendamento de terras indígenas para agricultura já existe na prática em algumas regiões do país e que a MP seria apenas uma forma de regulamentar essa atividade.
O imbróglio se dá a medida que o presidente Temer necessita ceder a pressão da bancada ruralista para obter votos a seu favor e barrar a denúncia contra seu mandato no Congresso Nacional.
Em resposta, o Ministério da Justiça esclareceu que sua posição será dada “formal e aprioristicamente à Casa Civil, no caso de haver uma decisão do governo a este respeito”.
Prefeitura de Sorocaba (SP) Promove Curso de Irrigação por Aspersão
A Prefeitura Municipal de Sorocaba, no interior do estado de São Paulo (SP), promove durante esta semana um curso de sistema de irrigação por aspersão grátis para os moradores interessados em compreender melhor esta técnica.
O evento ocorrerá nos próximos dias 5, 6 e 7 de outubro, quinta, sexta-feira e sábado, respectivamente, entre 8h e 17h em cada data. O local de realização escolhido foi o Parque Natural “Chico Mendes”, que fica localizado na Avenida Três de Março, 1025 – Alto da Boa Vista.
Durante a oficina os participantes irão aprender a planejar, instalar e manusear os sistemas de irrigação que utilizam os aspersores (veja alguns modelos aqui). Conforme nota de esclarecimento publicada pela própria assessoria de comunicação da prefeitura, serão abordados nas aulas tópicos como a “relação planta-solo-atmosfera, cálculos de vazão, precipitação e infiltração, até o trabalho no campo, conhecendo os componentes e disposição do sistema de irrigação”.
O curso é fruto de parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema) da Prefeitura, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sindicato Rural de Sorocaba. A principal meta será capacitar não apenas os cidadãos, mas também funcionários e colaboradores da Prefeitura para melhor compreensão do manejo dos sistemas de irrigação de parques e outros tipos de espaços públicos.
Inscrições Seguem Abertas
Quem quiser prestigiar o evento deve realizar um pré-cadastro online. O formulário de inscrições está disponível no endereço eletrônico agencia.sorocaba.sp.gov.br, até a véspera do início do curso. Basta completar a ficha com dados próprios e comparecer nos dias do evento portando documento de identificação pessoal.
Quem tiver dúvidas ou precisar de mais informações poderá entrar em contato pelos e-mail jardimbotanico@sorocaba.sp.gov.br ou através do telefone (15) 3235-1130.
Pesquisa Revela que Apenas 20% da Área Potencial no Brasil é Irrigada
Uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e lançada nesta segunda-feira (02) revela que apenas 20% da área de cultivo no Brasil que tem potencial para ser irrigada possui um sistema de fato.
Conforme o estudo, atualmente o país conta com 6,95 milhões de hectares (Mha) em área para produção de alguma cultura com algum tipo de sistema / técnica de irrigação padronizada. Os dados levantados mostraram que a Região Sudeste é a que mais contribui para este resultado, com mais de 38% de suas lavouras irrigadas. Confira a quantidade de terras com sistema instalado, em hectares (ha), por Região do país.
- Região Sudeste: 2.709.342 ha;
- Região Sul: 1.696.233 ha;
- Região Centro-Oeste: 1.183.974 ha;
- Região Nordeste: 1.171.159 ha;
- Região Norte: 194.002 há.
O levantamento indica basicamente quatro tipos distintos “padrão” de irrigação usados no Brasil, que são a por superfície, a subterrânea, aquela por aspersão e a localizada, especialmente usadas no agronegócio.
Nos apontamentos o documento da Ana também destaca a estreita relação entre estas diferentes técnicas de irrigação e determinadas plantações específicas, como informado no trecho a seguir:
(…) é possível extrair alguns padrões de larga escala entre métodos/sistemas e culturas, tais como a forte correlação entre inundação e o arroz; entre o gotejamento, o café e a fruticultura; entre a aspersão convencional com carretéis enroladores (hidro roll) e a cana-de-açúcar; e entre os pivôs centrais e a produção de outros grãos, em especial algodão, feijão, milho e soja.
Além disso, o material também exemplifica as regiões com casos de sucesso na irrigação em determinadas plantações, a exemplo do no arroz no Sul e Tocantins; da cana-de-açúcar no litoral nordestino e no Centro-Sul (São Paulo, sul-sudoeste de Goiás e Triângulo Mineiro); dos pivôs centrais na região em Goiás, Minas Gerais e Bahia; e das demais culturas / sistemas no Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná, além de estados no Semiárido.
Atlas Irrigação Deve Ser Base Para Projetos
Chamado Atlas Irrigação, o documento mostra que o Brasil está entre os dez países com a maior área irrigada do planeta, mesmo com o baixo aproveitamento deste potencial, como informamos no início da matéria.
O objetivo deste levantamento é reafirmar a necessidade do uso da irrigação mesmo aumentando o consumo hídrico, especialmente em regiões que sofrem com longos períodos de estiagem. Além disso, o banco de dados deve servir como base para dimensionamento e estimativas de demandas da água, auxiliando na elaboração dos projetos de Recursos Hídricos e nos estudos de Bacias Críticas e de demandas de água, o que facilita a tomada de decisões do Poder Público.
Fonte: Agência Brasil