Cultivo Protegido (Estufas) Não é Uma Opção, Mas Sim Uma Necessidade
A alguns anos o agricultor não consegue contar com a regularidade do clima. Chuvas em grandes quantidades em pequenos períodos e estiagens prolongadas, aliadas a falta de apoio técnico e financeiro, vêm prejudicando o agricultor brasileiro que não consegue se estabelecer no mercado com a produtividade e qualidade baixas. Nesse sentido, o cultivo protegido ou estufas representa uma alternativa e tem sido uma tendência sem volta para o mercado de verduras, legumes e flores.
Cultivos em ambientes fechados podem ser beneficiados por não serem influenciados pelo ambiente externo, possibilitando a implantação de culturas de hortaliças e flores em praticamente qualquer localidade do país. Além disso, o controle de pragas e doenças nesses sistemas protegidos é mais simples, pois as plantas normalmente são mais saudáveis e vigorosas por não sofrerem danos mecânicos provocados por ventos e chuvas, o que resulta em uma redução significativa no uso de defensivos.
No mercado brasileiro esse tipo de cultivo ainda é pouco utilizado. De acordo com informações do presidente do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla), o engenheiro agrônomo Antonio Bliska Júnior, cerca de 50% das estufas brasileiras estão localizadas no estado de São Paulo, com aproximadamente 11 mil hectares de área. Para se ter uma ideia, a China lidera o ranking mundial com mais de 3 milhões de hectares de estufas (tabela publicada em 2013).
fonte: https://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/mat_capa.pdf
Com a introdução do cultivo protegido, outros sistemas são necessários como irrigação, fertirrigação, sombreamentos e PadFun’s (sistemas específicos de resfriamento de estufa). Todos estes mecanismos demandam tecnologia e mão de obra qualificada para a operação, o que aumenta o custo de produção, além do valor de implantação da estrutura das estufas, que pode superar a casa dos 200,00 R$/m².
Apesar dos custos de implantação e operação superarem os do cultivo convencional, os produtos resultantes do cultivo protegido podem sair na frente no mercado. Entre os principais fatores para isso, podemos citar a maior qualidade e por serem produzidos em locais mais próximos dos centros consumidores, reduzindo custos de transportes e armazenamento, além de terem vida útil maior na mesa do consumidor, conquistando melhores preços de venda.
Qual a fonte dessa matéria?
Bom dia Bernardo, Segue o link da publicação da ESALQ – USP, de que retiramos essas informações:
https://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/mat_capa.pdf
Obrigado pela pergunta
Att.
Equipe Agroclique