Exportação do Café Brasileiro já dá Sinais de Recuperação
De acordo com o conselho de Exportadores de Café do Brasil, a Cecafé, as exportações do café brasileiro deverão apresentar uma recuperação já neste mês, indicando inclusive embarques mais intensos para a segunda metade do ano de 2017.
Entretanto, vale destacar que essa recuperação, que já é esperada no sempre no segundo semestre de todos os anos, resultado da colheita do produto, não deverá fazer com que as exportações de 2017 superem as do ano anterior, ou seja, 2016. Para os próprios conselheiros do Cecafé, as exportações deverão se manter no mesmo nível do ano anterior, cerca de 34 milhões de sacas de 60 Kg, entre produtos verdes e industrializados.
Para o conselheiro da Cecafé, Nelson Carvalhaes, é necessário uma aceleração na colheita do café para que os embarques do segundo semestre de fato aumente o esperado:
Aí começa a refletir no setor exportador e o Brasil pode ser mais agressivo. O país é importante no mercado mundial de julho a dezembro.
Ainda de acordo com a análise feita pelo conselheiro da Cecafé, entre o período de julho a junho, ou seja, a safra de 2016/2017, as exportação devem ficar entre 33,2 e 33,4 milhões de sacas. A título de comparação, a safra anterior atingiu 35 milhões. Para ele, essa provável queda é resultado de perdas seguidas na colheita do café robusta (conilon), além dos baixos estoques do setor.
Em contrapartida a queda das exportações do café robusta, o café indo arábica, a variedade do produto mais importante do país, deverá ter um resultado inédito nos últimos 5 anos, atingindo 29 milhões de sacas. Para se ter uma ideia, caso não tivesse ocorrido a queda da safra do café robusta, seria possível talvez o Brasil até atingir o recorde de exportação de 2015, que somaram 37 milhões de sacas, considerando, evidentemente, tanto o produto verde e quanto industrializado.
Fonte: Diário do Comércio