Limite de Crédito do Plano Safra Para Cooperativas Deve Ser Ampliado
Depois de diversas reuniões e certa pressão da bancada ruralista e de representantes do Agronegócio, a equipe econômica do Governo Federal admitiu que vai rever a norma do Plano Safra 2017/2018 que prevê limite de financiamento em 600 milhões de reais por CNPJ de cooperativas e grandes empresas.
De acordo com as informações oficiais, membros do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC), juntamente com o Conselho Monetário Nacional (CMN), devem aprovar o aumento do teto de empréstimo para depósitos a vista para R$ 800 milhões ainda nesta atual safra.
Além disso, outra mudança que deve ser implementada é que não haverá mais redução gradativa deste valor, pelo menos até a safra 2019/2020. Conforme estipulado inicialmente, este limite cairia para R$ 500 milhões em 2018/2019 e para R$ 400 milhões em 2019/2020.
O veredito sobre as mudanças será dado pelo CMN, após aprovação em reunião oficial. Apesar de se ter cogitado uma possível convocação de encontro em caráter extraordinário para tratar do assunto já na semana que vem, é provável que o CMN tome a decisão somente em reunião já marcada para dia 31 deste mês de agosto.
No meio desta semana, inclusive, havia uma conversa agendada entre o presidente do BC, Ilan Goldfajn, representantes da OCB – Organização das Cooperativas do Brasil – e deputados da bancada ruralista para definir a possível antecipação da reunião.
E não foi apenas isso. A equipe do governo também deve retirar a restrição de acesso a linhas de crédito para comercialização e industrialização pelas cooperativas a juros controlados, além da exigência de que os bancos deveriam direcionar apenas 25% de crédito de custeio a este mesmo tipo de juros.
Para Neri Geller, que ocupa o cargo de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, a expectativa é que o CMN aprove todas as alterações:
Já ficou alinhado que os limites serão revistos para esta safra e outras regras que restringiam o acesso das cooperativas ao crédito rural serão revogadas, mas estamos confiantes de que o CMN vai aprovar nossa recomendação.