Um Breve Cenário Sobre o Cultivo de Oliveiras (Azeite) no Brasil
Atividade em crescimento no país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, o cultivo de oliveiras soma uma área de aproximadamente 5 mil hectares, colaborando com a geração de cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
O setor da cadeia produtiva do azeite de oliva ainda sofre com a falta de padronização na produção de mudas e no sistema como um todo, de forma a gerar um movimento por parte do governo no sentido de organizar a cadeia produtiva.
Para isso foi criada a Comissão Permanente da Olivicultura Brasileira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reunirá informações sobre a cadeia para publicar uma Norma Técnica Específica (NTE) com o intuito de trazer benefícios para os produtores do setor.
Alguns encontros já estão sendo organizados para se debater o zoneamento edafoclimático da olivicultura, ou seja, o estudo do potencial do clima e do solo de uma dada região para o cultivo de cada cultura.
Com a criação da NTE, espera-se fortalecer os aspectos sociais, ambientais e tecnológicos para a olivicultura brasileira, gerando maior valor agregado ao produto, mais empregos e renda. Através da criação de uma normatização é possível que haja um aumento do volume de pesquisas sobre a cultura, maior interesse de investidores no cultivo de oliveiras e produção de azeite e consequentemente a obtenção de um pacote tecnológico adaptado às nossas condições de clima subtropical.
A oliveira é uma cultura permanente e tem potencial de exploração em pequenas propriedades. Nelas podem ser adotados princípios de boas práticas agrícolas, que nada mais são do que recomendações técnicas, normas e princípios aplicados nas etapas de produção, processamento e transporte com o intuito de proteção do meio ambiente e promoção do bem estar dos trabalhadores e consumidores.
O produtor de pequeno, médio ou grande porte adota boas práticas agrícolas assim como mecanismos de rastreabilidade, podendo inclusive receber a certificação de Produção Integrada e o selo de qualidade “PI Brasil” do Mapa, agregando valor à produção.